Analistas ambientais do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Sócio-biodiversidade Associada a Povos e Comunidades Tradicionais (CNPT) e do Parque Nacional de Anavilhanas, no Amazonas, reuniram-se com gerentes de hotéis e pousadas de Novo Airão (AM) para discutir a realização conjunta de pesquisa sobre a contribuição financeira que o turismo interativo com os botos (Inia geoffrensis) gera para a cidade.

Anavilhanas: segundo maior arquipélago de águas fluviais do mundo – Foto: Divulgação/TV Brasil

Durante a reunião, realizada na semana passada, foi apresentada a metodologia a ser adotada, as perguntas a serem feitas nas entrevistas com os hóspedes dos hotéis e pousadas e o período em que a pesquisa será desenvolvida. As informações servirão para aprimorar as medidas de regulamentação e controle das interações dos turistas com os botos.

Desde 2010, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) vem promovendo ações participativas para ordenar e monitorar o turismo interativo com botos no Parque Nacional de Anavilhanas. As interações com o golfinho fluvial são consideradas o principal atrativo da unidade de conservação (UC) e da cidade de Novo Airão.

Segundo o analista ambiental Marcelo Vidal, coordenador do projeto Pesquisa e manejo do turismo interativo com botos no Parque Nacional de Anavilhanas, uma das formas de medir essa contribuição é através de informações obtidas com os turistas que se hospedam na cidade de Novo Airão e que também visitam o Flutuante dos Botos.

“Neste primeiro momento realizaremos entrevistas com os turistas diretamente nos hotéis e pousadas da cidade. Mas, também utilizaremos a metodologia com as pessoas que visitam o Flutuante dos Botos e retornam para suas cidades de origem no mesmo dia, sem se hospedarem em Novo Airão”, diz ele.

Dentre as informações que serão obtidas na pesquisa, estão o perfil do turista e o objetivo de sua viagem a Novo Airão, as atividades desenvolvidas na cidade e no Parque Nacional de Anavilhanas, os tipos e valores das despesas realizadas e sua percepção sobre a visita ao Flutuante dos Botos.

Segundo Priscila Santos, chefe do Parque Nacional de Anavilhanas, os resultados da consulta trarão subsídios importantes para todos. “A sistematização das informações obtidas junto aos turistas permitirá ao ICMBio, à Prefeitura de Novo Airão e ao trade turístico entenderem como o turismo interativo com botos no parque contribui para a economia da cidade, permitindo assim um melhor planejamento da atividade e dos demais atrativos locais”.

As ações do projeto Pesquisa e manejo do turismo interativo com botos no Parque Nacional de Anavilhanas envolvem parcerias com a Universidade Federal do Amazonas, Associação de Turismo de Novo Airão, Flutuante dos Botos, Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Amazônica e Parque Nacional de Anavilhanas.

Comunicação ICMBio