Doze pessoas foram presas neste sábado (22/8) sob a acusação de fraudar o sistema de controle de comércio de produtos florestais. Os mandados de prisão foram cumpridos em Alagoas, no Maranhão e no Pará. Criminosos falsificaram identidades de superintendentes e servidores do Ibama para conseguir o certificado digital que é usado para acessar o Documento de Origem Florestal (DOF). Com a liberação de empresas que estavam suspensas por crimes ambientais, o grupo gerou créditos falsos para movimentar madeira ilegal.
Foram geradas autorizações para cerca de 100 mil m³ de madeira. Desse total, 28 mil m³ chegaram a ser comercializados. “A quadrilha não conseguiu movimentar o sistema por muito tempo em função do monitoramento constante que é realizado”, disse o superintendente substituto do Ibama no Pará, Alex Lacerda. Em três dias a invasão foi detectada, o que impediu a venda de cerca de 70 mil m³ de madeira ilegal.
Os envolvidos apresentaram identidade falsa junto à empresa responsável pela chave de segurança usada para acessar o DOF. A chefe do Centro Nacional de Telemática do Ibama (CNT), Rosana Freitas, explicou que o acesso só foi possível em função de uma fraude na emissão do certificado digital. Ela esclarece que não houve invasão de computadores, roubo de senhas ou qualquer quebra de segurança no sistema. O que ocorreu foi o uso de certificados digitais fraudulentos, adquiridos com documentos pessoais falsos junto à autoridade certificadora em nome de três servidores do Ibama que possuíam privilégio gerencial no DOF.
Os crimes são investigados pela Polícia Civil, com o apoio do Ibama.
Rodrigo Santori
Assessoria de Comunicação/Ibama
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