O incêndio que atingiu cerca de 6 mil hectares da Reserva Indígena Tenharim-Marmelo e do Parque Nacional dos Campos Amazônicos, entre os municípios de Machadinho d’Oeste (RO), Humaitá (AM) e Manicoré (AM), foi controlado pelo Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do Ibama (Prevfogo). “A área permanece sob observação, pois há um alto índice de risco devido à secura e ao acúmulo de combustíveis florestais”, informou o chefe do Prevfogo, Rodrigo Falleiro.      

Foram mobilizados cerca de 40 brigadistas para apagar o fogo. Até o momento, essa foi a maior operação de combate a incêndio da temporada. A ação durou cinco dias e a queimada atingiu um menos de 1% das unidades de conservação.

Preparativos

Na última terça-feira (11), começaram as atividades do Centro Integrado de Cooperação Operacional (Ciman). “A expectativa é que será um ano difícil em relação ao fogo por causa dos indícios de intensificação do fenômeno El Niño, no Oceano Pacífico”, disse Falleiro.

O El Niño altera os padrões de chuva e intensifica a seca em algumas regiões do Brasil. Neste ano, já foram registrados 36.821 focos de calor captados via satélite, que representam aumento de 4% em relação ao mesmo período do ano passado.

O Ciman reúne as instituições que atuam no combate a incêndios florestais em nível federal para monitorar a situação durante o período crítico, compartilhar informações, definir prioridades, coordenar grandes operações e avaliar os resultados.

Participam do Ciman: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, Fundação Nacional do Índio (Funai), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Agência Brasileira de Informação (Abin), Exército, Força Nacional de Segurança e Corpo de Bombeiros do Distrito Federal e de Goiás.

Ascom/Ibama