Foram quatro dias intensos de debates enriquecedores sobre a questão da mudança climática no planeta. A conferência científica Our Common Future Under Climate Change, que ocorreu em Paris, França, no mês passado, promoveu uma discussão no que diz respeito às tendências do meio ambiente e da tecnologia e aos impactos sociais que esses rumos podem causar.
Para o assessor técnico do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Marcelo Poppe, que representou a instituição no encontro, a reunião foi instigadora sob diversos aspectos. “A profundidade e amplitude do engajamento científico sobre as formas de dobrar trajetórias em direção a melhores resultados, tanto na redução das emissões de gases de efeito estufa quanto no aumento da capacidade de resistência aos riscos climáticos, foi uma das projeções do evento”, analisa.
O foco da conferência foi em gerar subsídios científicos para a Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 21), que ocorrerá em Paris, no fim do ano. Essa negociação visa a alcançar e estabelecer um acordo universal sobre o clima, em que todos os países se comprometem a assegurar ações destinadas a limitar o aquecimento global e os seus impactos”, destaca Poppe.
Durante a palestra “Mainstreaming low carbon consumption: challenges and opportunities”, o especialista apresentou os resultados da consulta pública sobre Padrões de Consumo para o Desenvolvimento Sustentável, realizada pelo Centro no ano passado, em parceria com instituições brasileiras, da França, Suécia e organizações do Sistema ONU.
Com grande expectativa para a COP 21, o CGEE vem promovendo diversos debates para que especialistas troquem ideias acerca do papel do País nessa empreitada global, além da agenda pós-2015. De olho no futuro, a instituição promoveu em junho deste ano o International Seminar on Consumption Patterns for Sustainable Development, side-event oficial da conferência Our Common Future Under Climate Change, cujo resultado traçou elementos de comparação acerca da percepção de especialistas sobre padrões de consumo no Brasil, na França e na Suécia.
“O evento foi vitrine de uma série de reflexões, em que pudemos expor o ponto de vista da Casa e também considerar a visão de nossos parceiros e interlocutores”, aponta o diretor do Centro, Antonio Carlos Filgueira Galvão, sobre o seminário.
Quando o assunto é a conferência internacional, o diretor do Centro é mais incisivo: ele reitera o potencial do País para desempenhar um papel ainda mais importante nas questões ambientais e diz que a presença do CGEE em eventos do tipo é um sinal de reconhecimento da relevância dos profissionais da instituição.
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