Técnicos do Prevfogo, da Funai, da GIZ (Cooperação Alemã), da 321 Fire (Austrália/Moçambique) e membros da comunidade indígena Xerente estão finalizando o planejamento para a realização da primeira atividade de aplicação de queimas prescritas em terras indígenas, segundo a metodologia do Manejo Integrado do Fogo (MIF).
O MIF consiste na construção participativa dos planos de proteção das áreas, considerando-se, além das técnicas difundidas de prevenção e combate, aspetos ecológicos, sociais e econômicos das comunidades envolvidas.
O trabalho iniciou-se em março com o levantamento do conhecimento tradicional sobre o uso do fogo como elemento de conservação da biodiversidade do cerrado. Diversos membros das comunidades Xerentes, principalmente, os anciões, relataram como era feito o uso do fogo no passado e indicaram períodos, locais e frequências desejáveis para a aplicação das queimadas prescritas.
No período de 12 a 17 de abril, os técnicos validaram os dados levantados em toda a comunidade, comparando os resultados com metodologias modernas de planejamento de manejo, como o SAM (Spectral Angle Maping), e vistoriando as áreas que serão queimadas a partir de maio.
O uso de queimas prescritas para a conservação do cerrado é uma técnica reconhecida pela ONU como de grande eficiência nas savanas tropicais. A metodologia vem sendo aplicada no Brasil, inclusive em unidades de conservação integrais desde 2014 por meio do projeto Cerrado-Jalapão, e agora será aplicada nas terras indígenas atendidas pelo programa Brigadas Federais do Ibama/Prevfogo.
As informações sobre a atividade podem ser acompanhadas em tempo real no site do Ciman virtual: http://sirc.dgi.inpe.br/ciman/index.
Ascom/Ibama
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