Mesmo com todo o catastrofismo propagandeado pelo movimento ambientalista internacional em relação ao desmatamento, um novo estudo produzido por um grupo de cientistas australianos mostra que a massa de matéria vegetal da Terra aumentou em nada menos que 4 bilhões de toneladas na última década. O artigo, publicado na edição de 30 de março da revista britânica Nature Climate Change (Yi Y. Liu et alii, “Recent reversal in loss of global terrestrial biomass”) aponta que a expansão tem ocorrido, principalmente, em regiões menos desenvolvidas da Austrália e da África.
Entre os anos de 2003 e 2012, pesquisadores de universidades australianas, entre elas a de New South Wales, utilizaram imagens de satélites para mapear a biomassa vegetal de todo o planeta, com base em uma nova técnica de radiofrequência, chamada sensoriamento passivo remoto de microondas, capaz de captar as ondas da biomassa presente na superfície terrestre (Portal Abril, 1/04/2015).
A radiação detectada variou conforme a temperatura, a umidade e a quantidade de água na vegetação presente nas diversas regiões do globo. Os pesquisadores reuniram os dados de diversos satélites e os organizaram, de modo a compor uma série para mostrar a evolução de toda a cobertura vegetal terrestre, nas últimas duas décadas. Assim, eles puderam reconstruir mensalmente a evolução da biomassa em escala mundial, façanha não conseguida até então.
O estudo levantou o desmatamento em muitas regiões do planeta, incluindo áreas da América do Sul, como o sudeste da Floresta Amazônica, definindo-os como o “Arco de Desflorestamento” (que, como se sabe, inclui as áreas de expansão da fronteira agrícola, no Brasil). Porém, a pesquisa determinou que a expansão das áreas verdes no planeta tem sido suficiente para se sobrepor ao desmatamento observado. Um exemplo é o crescimento das florestas nas áreas rurais abandonadas após a queda do comunismo, na Rússia e nos países vizinhos, ao lado dos grandes projetos de plantio de árvores implementados pelo governo da China, nas últimas décadas.
Por outro lado, o estudo também detectou um crescimento “inesperado” da vegetação em savanas e matagais situados na Austrália, África e América do Sul. As análises feitas até então se centravam unicamente em florestas fechadas, e este aumento não havia sido identificado, segundo os autores. A própria Austrália, por exemplo, teve um aumento da vegetação na quase totalidade do seu território – com exceção, naturalmente, das áreas urbanas dopaís – mesmo com as recentes secas que castigam algumas de suas regiões. O relatório aponta também que o crescimento da vegetação australiana está ligado à variação dos regimes de chuva e sofre grande influência de fenômenos como El Niño e La Niña (respectivamente, aquecimento e resfriamento das águas superficiais do Oceano Pacífico).
Outra conclusão inesperada do estudo é a constatação de uma tendência de “esverdeamento” geral no planeta, nas últimas duas décadas, mesmo quando os regimes de chuva se mantiveram inalterados ou mesmo quando houve uma pequena queda no volume de precipitações, tendo-se detectado um crescimento no número de árvores e matagais em regiões semi-áridas.
Todavia, tratando-se dos tempos que correm, os autores da pesquisa não deixaram de fazer concessões à fraudulenta hipótese do aquecimento global antropogênico. Ao destacar o crescimento da média global de vegetação, eles frisaram que este aumento não seria uma solução para o problema das mudanças climáticas, já que a vegetação só seria capaz de absorver um quarto de todas as emissões humanas de dióxido de carbono (CO2), o alegado “vilão” do fenômeno. E concluíram que, por isso mesmo, ainda seria necessário promover “grandes reduções globais das emissões combustíveis fósseis”.
Não obstante, mesmo com tais concessões ideológicas (atualmente, quase tão imprescindíveis como as citações a Marx, Engels, Lênin e Stálin, nos artigos científicos publicados sob o antigo regime comunista na URSS), um estudo científico que ressalta que o mundo está ficando mais ”verde” não deixa de representar um golpe no catastrofismo prevalecente sobre o estado da vegetação do planeta.
FONTE: Alerta em Rede
http://www.alerta.inf.br/apesar-do-alarmismo-ambientalista-terra-esta-mais-verde/
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