O povo Ashaninka que vive no Peru tem sofrido constantemente com a exploração madeireira ilegal. A resistência da comunidade indígena já custou a vida de quatro líderes, mortos em setembro. No entanto, a coragem deles parece inabalável.
A agência de notícias Associated Press acompanhou o cotidiano dos indígenas neste mês, para mostrar como eles vivem na Amazônia peruana, na região de Saweto, na beira do Rio Putaya.
Imagens feitas entre os dias 16 e 17 de março mostram que a derrubada de árvores continua intensa e há vários acampamentos onde os desmatadores se abrigam.
Um morador local acompanhou a equipe até o rio, onde é possível ver as toras que foram cortadas recentemente.
Pressão sobre o governo
Em dezembro passado, o G1 conversou com familiares dos ashaninka que foram mortos em uma emboscada em direção à aldeia Apiwtxa, na Terra Indígena Ashaninka do Rio Amônia, em Marechal Thaumaturgo (AC), a 559 km de Rio Branco, no Acre.
Os vizinhos de fronteira querem pressionar a presidência peruana a agilizar a investigação do assassinato de quatro indígenas, mortos em setembro na área de fronteira, e pedir a titulação definitiva da área onde está a aldeia, na região de Uacayali. A titulação determina a expulsão de qualquer ocupante não-índio e os nativos passariam a cuidar da terra, preservando-a.
Edwin Chota Valera, Leôncio Quinticima Melendez, Jorge Rios Perez e Francisco Pinedo, da Comunidade Nativa Alto Tamaya – Saweto, participariam de uma reunião com lideranças do lado brasileiro sobre estratégias de vigilância e fiscalização, no intuito de impedir a ação do narcotráfico do desmatamento ilegal.
Após o crime, a Fundação Nacional do Índio, a Funai, a Polícia Federal e o Ministério da Justiça encaminharam servidores para auxiliar autoridades do Peru na investigação dos crimes. Ao menos uma pessoa foi presa acusada de envolvimento na ação.
Fonte: G1
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