O lucro da pesca artesanal pouco beneficia as quase um milhão de famílias brasileiras que vivem dessa prática. Em geral, os pescadores vendem o produto a preços irrisórios a atravessadores, que revendem pelo valor real. Um projeto da Organização da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) pretende corrigir essa distorção do mercado.
Desenvolvida na chamada Costa Amazônica, que engloba o litoral dos estados do Pará, Amapá e Maranhão, a iniciativa busca mapear as cadeias produtivas do camarão regional, do camarão piticaia e do caranguejo, articulando e capacitando pescadores artesanais para que negociar em melhores condições.
A UNESCO apoiará o desenvolvimento de cadeias produtivas sustentáveis. Não se trata de cooperativismo nem de associativismo. A intenção é construir espaços participativos de articulação, negociação e definição de políticas públicas. Hoje, na maioria dos casos, esses espaços inexistem. O objetivo do projeto é melhorar a renda e a qualidade de vida nas comunidades de pescadores.
O projeto foi elaborado coletivamente, com o envolvimento direto de representantes do governo federal, dos governos do Pará, Amapá e Maranhão, de prefeituras, universidades, institutos de pesquisa, organizações não governamentais e pescadores. O Fundo Vale financia a iniciativa, que foi formalizada em dezembro. O projeto tem duração prevista de sete a dez anos.
FONTE: http://nacoesunidas.org/
http://nacoesunidas.org/unesco-apoia-o-desenvolvimento-da-pesca-artesanal-na-costa-amazônica/
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