Acontece nesse instante, em Pacaraima, a audiência pública em que se discute a permanência da sede do município dentro da Terra Indígena São Marcos, conforme antecipado ontem aqui no blog. Entidades indígenas, lideranças políticas locais e estaduais, representante de instituições e órgãos do governo federal e a população em geral discutem um desfecho para essa história, que já dura anos.
O presidente do Conselho Indígena de Roraima (CIR), Mário Nicácio, acabou de falar, e disse que a intenção da organização que ele dirige é que os não índios – a quem ele chama de invasores – sejam retirados da região e que os processos de expulsão continue. A essa altura, a audiência pública caminha para os 50 minutos de duração.
A movimentação no Ginásio de Esportes da cidade começou cedo, por volta das 8 horas. Havia a apreensão quanto à realização de uma manifestação de indígenas favoráveis à retirada da sede de Pacaraima de dentro da Terra Indígena São Marcos. Mas, pelas notícias que me chegam, o clima por enquanto é de tranquilidade naquela cidade serrana. Pelo menos 50 famílias tradicionais moram em Pacaraima desde antes daquela urbe se formar, daí o tamanho do imbróglio. Hoje parte dos comerciantes de Pacaraima fecharam as portas. Eu disse em postagem publicada na noite de ontem, que eles agiriam dessa forma por temerem a manifestação sob a qual se especulava que aconteceria, durante o dia de hoje. No entanto, leitores da cidade me corrigiram (obrigado, amigos) e me alertam que a atitude dos comerciantes de fecharem as portas dos seus estabelecimentos é, isto sim, uma forma de protesto contra a ideia de se expulsar os não índios da região. Continuo acompanhando os acontecimentos e posso voltar a escrever sobre esse assunto ainda hoje aqui no blog.
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