As comissões de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia; e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados realizam audiência pública nesta quarta-feira (17) para discutir o desmatamento e a exploração ilegal de madeira na Amazônia Legal.  

Um dos focos do debate, sugerido pelo deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA), são os impactos ambientais, sociais e até culturais que podem ser causados pela chegada de arrozeiros oriundos da Reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima, aos campos da Ilha de Marajó (PA), com a proposta de plantio de 300 mil hectares de arroz. Segundo Jordy, “há denúncias de que não estão sendo feitos os estudos necessários acerca do impacto da rizicultura, que poderá ter agravantes para as comunidades de várias cidades da ilha”.

Já em relação à exploração ilegal de madeira, o deputado ressalta que uma investigação realizada pelo Greenpeace nos últimos dois anos concluiu que a prática é regra na Amazônia, “alimentada pelas falhas nos sistemas de controle do poder público”. O estudo aponta que, entre 2011 e 2012, 78% das áreas de extração de madeira no Pará não tinham autorização. “Além disso, o Greenpeace identificou um sofisticado sistema instalado para vender madeira ilegal com documentos que atestam sua legalidade, o que permite a entrada da madeira ‘suja’ no mercado nacional e internacional”, afirma.

Foram convidados:
– o procurador da República do MPF, Bruno Valente;
– o coordenador geral de Fiscalização do Ibama, Jair Schimitt;
– o coordenador do Programa Amazônia do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Dalton de Morisson Valeriano;
– representante da secretaria de Estado de Meio Ambiente do Pará;
– o presidente da Associação de Exportadores da Amazônia (Aimex), Roberto Pupo; e
– o coordenador da Campanha da Amazônia do Greenpeace Brasil, Márcio Astrini.

O debate será realizado às 10 horas, no plenário 2.

 

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