O debate sobre desmatamento e exploração ilegal de madeira na Amazônia Legal foi adiado. “A audiência está prejudicada. A sessão do Plenário já começou e, de comum acordo com os palestrantes, vamos transferir para a segunda semana de março”, afirmou o deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA), que solicitou o debate e conduzia a reunião.

A audiência era promovida pelas comissões de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia; e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados.

Falta de compromisso

Um pouco antes do adiamento a discussão havia sido foi paralisada devido à falta de energia elétrica em parte da Câmara dos Deputados.

A luz acabou quando o coordenador da Campanha da Amazônia do Greenpeace Brasil, Márcio Astrini, falava sobre dados do desmatamento. “Nesses 16 anos de convívio com a floresta pouca coisa mudou na prática para a floresta. Existem novas regras, novos compromissos, mas o velho desmatamento”, afirmou.

Segundo estudo da organização não-governamental (ONG) Imazon, 78% das áreas exploradas no Pará e 54% no Mato Grosso ocorreram sem autorização, entre 2011 e 2012.

Astrini reclamou que, atualmente, não existe como um comprador saber de onde veio a madeira adquirida. “Isso faz com que um extrator ilegal de madeira pode estar espalhado sem controle e possa vender para qualquer um.”

Reportagem – Thiago Miranda

Edição – Natalia Doederlein

 

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