A Operação Xandoré, que fiscaliza atividades pesqueiras no rio Solimões e afluentes, apreendeu 7,2 toneladas de pescado e aplicou R$ 429.180,00 em multas desde o dia 17 de novembro, quando foi deflagrada pelo Ibama.

A prioridade da operação é fiscalizar locais suspeitos de matança de botos e jacarés no âmbito da pesca de piracatinga, além de atividades pesqueiras ilegais no período de defeso de piracema das espécies pirarucu, tambaqui, aruanã, mapará, pacu, matrinxã, sardinha, pirapitinga, surubim e caparari.

Foram abordadas e vistoriadas 115 embarcações, lavrados 15 autos de infração e apreendidas 7,2 toneladas de pescado, sendo 5.139 kg de pirarucu, 1.555 kg de aruanã, 290 kg de pacu, 97 kg de pirapitinga, 66 kg de tambaqui e 43 kg de surubim. Também, foram apreendidos 11 animais silvestres vivos (periquitos e tracajás), 11 carcaças de quelônios utilizadas como artesanato e três peles de felinos das espécies gato-maracajá e jaguatirica.

Todo o pescado apreendido foi depositado em associações comunitárias e entidades filantrópicas para posterior doação. Os animais vivos foram devolvidos à natureza e os subprodutos de fauna serão destinados a instituições de pesquisa para fins didáticos e científicos. Ainda foram apreendidas 12 redes de pesca, três embarcações, quatro motosserras e uma espingarda.

Em nenhuma das embarcações vistoriadas foram encontradas espécimes de piracatinga e, até o momento, não foi constatada matança de botos e jacarés. A equipe também tem realizado a fiscalização da pesca de manejo sustentável de pirarucu em áreas autorizadas pelo Ibama na região.

A operação é feita em parceria com o Batalhão Ambiental da Polícia Militar, a Funai, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e o Instituto Mamirauá e ocorre simultaneamente nos rios e seus afluentes das regiões do Médio e Alto Solimões, estado do Amazonas, abrangendo terras indígenas e unidades de conservação da natureza.

A operação Xandoré é batizada com o nome de um ser mitológico dos povos Tupis que foi enviado por Tupã para punir e transformar transgressores que agridem a natureza.

FONTE  :  Ibama/AM