Uma obra do Departamento Nacional de Infraestrutura de Trasporte (Dnit) pode reabrir a discussão sobre a demarcação da Terra Indígena Marãiwatsédé, no Mato Grosso. Depois de o Dnit ter refeito o projeto da rodovia BR-158 para contornar a Terra Indígena, a Funai informou ter “encontrado” um antigo cemitério xavante fora do perímetro demarcado e quer que o Dnit refaça novamente o projeto.
O reconhecimento por parte da Funai de que há vestígios de ocupação indígena fora área demarcada lança mais dúvidas sobre o processo de demarcação de Marãiwatsédé.
Quem cruza o trecho da BR-158 entre os municípios de Bom Jesus do Araguaia e Cana Brava do Norte, em Mato Grosso, tem de passar pela Terra Indígena Maraiwatsede, cortada pela estrada.
As tensões com os índios levaram o governo a planejar um contorno para não atravessar o território indígena. O novo percurso de terra amplia a viagem em cerca de 100 quilômetros e foi desenhado pelo Dnit.
Ocorre que, recentemente, a Funai informou ter descoberto um cemitério de índios xavante na região. A terra sagrada sofreria impacto com o contorno. Por causa disso, o Dnit abandonou a ideia e, agora, trabalha nos estudos de um outro contorno.
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