Desde a última sexta-feira (26), uma operação de fiscalização conjunta entre a Funai e o Ibama percorre a Terra Indígena (TI) Kayapó, com foco no combate ao garimpo ilegal de ouro. A TI Kaiapó é uma das maiores do país, com 3,3 mi ha, localizada no sul do Pará. 

No final de julho, representantes dos órgãos notificaram os garimpeiros, que insistiram na prática ilícita, desencadeando a operação. 

Nos dois primeiros dias, foram desativados dois acampamentos, e nove balsas, três escavadeiras, um caminhão e uma caminhonete, usados pelos garimpeiros, foram destruídos. Devido ao alto risco de segurança, as máquinas e equipamentos que estão sendo encontrados durante a operação devem ser inutilizados no próprio local.  

Além de servidores, a Funai participa da operação com veículos, e o Ibama, com dois helicópteros.  

Entre os diversos prejuízos causados pela atividade garimpeira ilegal, a contaminação da água por mercúrio, o assoreamento dos rios, o aumento de casos de malária – devido à água empoçada – e até mesmo os conflitos internos entre os indígenas são os que mais afetam esse povo.  

O problema do garimpo é recorrente na TI Kayapó, e ações de fiscalização são realizadas com frequência na região há décadas.  

A operação prossegue nos próximos dias, para desativar outras áreas identificadas previamente em atividades de monitoramento.

FONTE : FUNAI