Dias após líderes mundiais divulgarem suas ações para mitigar os efeitos negativos da mudança climática durante a Cúpula do Clima da ONU na última terça-feira (23), os organizadores da conferência anunciaram que querem alcançar objetivos ainda mais ousados.
“O tom mudou, mas a pergunta é para onde queremos ir agora”, disse o secretário-geral assistente para coordenação política e planejamento estratégico, Robert Orr, responsável por aconselhar o chefe da ONU, Ban Ki-moon, sobre questões do clima.
Orr ressaltou o compromisso, tanto financeiro como através de pactos globais, anunciados por todos os setores para contribuir com a diminuição do impacto do aquecimento global. Ele disse também que a Cúpula forneceu a oportunidade para que investidores, asseguradoras e principais detentores de capital reconheçam as vantagem que a tecnologia verde pode gerar.
No entanto, enfatizou que mais ações precisam ser adotadas e relembrou a necessidade de chegar a um “acordo significativo e universal sobre o clima”.
Rumo a Paris
Com uma cópia do rascunho desse futuro acordo, ministros e negociadores viajarão para Lima, Peru, em dezembro deste ano para estabelecer os fundamentos para o debate final em dezembro de 2015 em Paris, França.
As esperanças de alcançar um consenso global terminaram em frustração em 2009, durante a Cúpula de Copenhague. No entanto, passados cinco anos, representantes da ONU acreditam que o entendimento sobre as consequências da inação mudaram e há motivos para estar otimistas que as negociações em Paris alcançarão um resultado diferente.
“Há muita dor na experiência da humanidade sobre a mudança climática e essa é uma diferença preocupante. O fato de que podemos sentir essa diferença em poucos anos é bastante alarmante”, disse a secretária-executiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática, Christina Figueres.
FONTE : ONU
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