Imagem do satélite LandSat-8, da Agência Espacial Norte Americana, mostra diversos focos de incêndio no entorno da aldeia Xavante de Marãiwatsédé, no nordeste do Mato Grosso. A imagem foi capturada por volta das 13:30 horas de hoje (21), no horário de Brasília. Até o momento, o sistema de monitoramento de queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostra 615 focos de calor no interior da Terra Indígena. O número é quase 10 vezes superior ao registrado no mesmo período do ano passado quando quase 80% da área foi calcinada por incêndios.

Fogo no Buraco X

A Terra Indígena Marãiwatsédé foi demarcada pela Funai sobre a área remanescente da antiga Fazenda Suiá-Missu como área de ocupação tradicional de índios xavante. Até o final de 2011 a área era ocupada por milhares de produtores rurais não indígenas. Todos foram expulsos pelo Governo numa grande operação de limpeza étnica que culminou com a entrega da área aos índios xavantes em abril de 2012.

No ano passado a área foi quase totalmente calcinada por incêndios que começaram no entorno da aldeia onde vivem os índios. Muito embora os índios xavante tenham o hábito de queimar seu território em atividades de caça como um traço inerente a sua cultura, na ocasião o Governo e o Ibama se apressaram em inocentá-los culpando os não indígenas de atear fogo criminosamente à área. O episódio foi reportado e acompanhado por imagens de satélite aqui no Questão Indígena desde o primeiro incêndio ocorrido no dia 02 de julho de 2013 e chegou a ser destaque no Jornal Nacional da rede Globo.

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NOTA : A Ecoamazônia está divulgando a questão dos incêndios na Região da Gleba Suiá Missú com base nas reportagens de sites disponíveis na INTERNET, sem emitir juízo de valor, só demonstrando preocupação com os danos ambientais.