Estudo publicado esta semana pelo World Resources Institue (WRI) em parceria com o Rights and Resources Initiative (RRI) afirma que florestas brasileiras possuem cerca de 63 bilhões de toneladas de carbono armazenado e, embora, parte desse carbono esteja em reservas indígenas legalmente reconhecidas, os índios não recebem um centavo por isso.

O relatório Garantindo Direitos, Combatendo a Mudança Climática afirma que o cenário mundial de mudanças climáticas poderia ser pior se as comunidades indígenas não tivessem direitos legais sobre a floresta e a proteção do governo brasileiro.

O estudo mostra que, entre 2000 a 2012, a perda de florestas na Amazônia foi 0,6% dentro de terras indígenas em comparação a 7% fora dessas áreas. Assim, as reservas indígenas possuem 36% mais carbono por hectare do que as demais áreas de florestas da região. Ainda de acordo com o estudo, as florestas demarcadas como terras indígenas do Brasil retiraram da atmosfera cerca de 311 milhões de toneladas de gás carbônico nos últimos 27 anos.

Apesar do serviço ambiental que prestam ao mundo, as comunidades indígenas do Brasil não ganham absolutamente nada com isso.

O relatório das ONGs internacionais faz cinco recomendações principais ao Brasil para maximizar o potencial de mitigação climática das florestas comunitárias:

  • fornecer às comunidades o reconhecimento legal de direitos florestais;
  • expulsão invasores não indígenas;
  • fornecer assistência técnica e treinamento para que as comunidades melhorem o uso sustentável das florestas;
  • envolver as comunidades na tomada de decisões em relação a investimentos que afetem suas florestas;
  • e compensar financeiramente as comunidades pelos benefícios climáticos e outros benefícios fornecidos pelas florestas.

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