Especialistas debatem as prioridades para conservação na bacia de um dos principais tributários do Rio Amazonas. A Oficina técnica para identificação de áreas críticas para conservação na bacia do Xingu será realizada nos dias 22 e 23 de abril de 2014, no auditório Paulo Cavalcante, no campus de pesquisa do Museu Paraense Emílio Goeldi – MPEG.
O evento é organizado pelo Museu Paraense Emílio Goeldi, o WWF-Brasil e o consórcio Viva Xingu, formado por Arcadis Logos e Rosenberg Associados, gestores do projeto “Elaboração de Agenda de Desenvolvimento para o Território de Abrangência do Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável do Xingu”.
O projeto baseia-se nos princípios do Planejamento Sistemático da Conservação, combinando aspectos como a distribuição da biodiversidade, ameaças à sua conservação e configurações de áreas mais adequadas ao cumprimento das metas de conservação, objetivando garantir a persistência de espécies e processos ecológicos. A equipe, nos últimos sete meses, organizou um banco de dados de informações a respeito do uso e cobertura do solo, distribuição da biodiversidade e de ambientes importantes para a manutenção da diversidade.
A oficina apresenta resultados das análises intermediárias e análise final de identificação de áreas críticas, além de ser uma continuidade a oficina que ocorreu em março de 2014, no Museu Goeldi, sob a coordenação de Leandro Valle Ferreira, pesquisador da Coordenação de Botânica e Chefe da Estação Científica Ferreira Penna do Museu Goeldi. Ferreira colaborou para a definição de áreas críticas de conservação na área, uma das etapas do projeto de elaboração do plano de desenvolvimento regional sustentável do Xingu (ADT Xingu), apoiado pelo Banco Nacional do Desenvolvimento – BNDES.
Nessa segunda fase, serão discutidos: (1) análise de risco ecológico; (2) acúmulo de impactos a jusante; (3) áreas importantes para manutenção da conectividade hídrica e florestal; (5) lacunas de proteção na bacia do Xingu e (6) áreas críticas para conservação.
Bacia do Xingu – Está situada nos estados do Mato Grosso e Pará, ocupando cerca de 509.000 km², uma área maior do que o território da Espanha. Os rios mais importantes cruzam dois grandes biomas brasileiros, Cerrado e Amazônia, e atendem a uma grande diversidade de comunidades humanas, animais e vegetais. Atualmente, a bacia do Xingu sofre impactos diversos provocadas por atividades econômicas, como a instalação da hidrelétrica Belo Monte, que ocasiona perdas significativas da biodiversidade e afetam negativamente as populações humanas.
Serviço
A Oficina técnica para identificação de áreas críticas para conservação na bacia do Xingu acontece nos dias 22 e 23 de abril de 2014, das 9h às 17 horas, no auditório Paulo Cavalcante, do Campus de Pesquisa do Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém (PA). É restrita aos participantes do Grupo de Trabalho.
Para maiores informações: Paula Hanna Valdujo – (61) 3364-7465 – [email protected]
Deixe um comentário