“Nós queremos te ver poderoso, lindo berço, rincão Pacaraima! Teu destino será glorioso, nós te amamos querido Roraima!”. Esta trecho, desconhecido por boa parte dos roraimenses e “roraimados”, (com letra de Dorval de Magalhães e música de Dirson Felix Costa), fala do estado que hoje comemora 25 anos . Trata-se do jubileu de prata da transformação do Território Federal em Estado de Roraima, conforme o Art. 14 – Ato das Disposições Constitucionais Transitórias – da Constituição Federal.
(Foto: Divulgação) O nome indígena Roro-imã (monte verde) foi escolhido em referência ao Monte Roraima
O nome indígena Roro-imã demonstra bem o que é esta região da Amazônia: na língua indígena macuxi significa Monte Verde. Para os índios pemon e taurepang é definido como Mãe dos Ventos. Mas pode significar ainda Serra do Caju. O nome foi escolhido em referência ao lendário Monte Roraima, uma formação da era pré-combriana a 2.875 metros de altitude.
Em 1988, à época de sua transformação, a população roraimense era de apenas 197.374 habitantes. Passados 25 anos desde a transformação de Território Federal para Estado, a população quase triplicou. Neste ano de 2013 a estimativa é de 488.072 habitantes, conforme estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), reunidos em uma área de 225.116,1 quilômetros quadrados.
Os maranhenses foram fundamentais para a formação da população. O primeiro maranhense a chegar em Roraima foi Cristovão Ayres Botelho, quando houve a penetração portuguesa através do rio Branco. Os primeiros imigrantes começaram a chegar no início do século 20, mas as grandes levas migratórias estabeleceram-se no início da década de 1970, no município de Caracaraí.
A partir daí, com os projetos do Governo Federal de povoar a Amazônia, famílias do Sul e Centro-Oeste do Brasil passaram a considerar Roraima sua nova casa, com intenção de desenvolver a agricultura, principalmente a produção de arroz, soja e milho.
Nesta miscigenação estão também os indígenas, fundamentais na composição do povo roraimense. Roraima tem 14 por cento de sua população constituída de grupos indígenas de oito etnias. Juntas, as reservas dos índios representam 54 por cento da área total do Estado, ocupando boa parte das zonas de fronteira – conforme dados do Governo do Estado de Roraima.
HISTÓRICO POLÍTICO
Em 1988, quando ainda Território Federal de Roraima, o governador era o hoje senador Romero Jucá Filho (governou de setembro/1988 a março/1989); e o Prefeito de Boa Vista era o hoje jornalista José Maria Gomes Carneiro.
Em 1989 assumiu o governo o alagoano Rubens Villar de Carvalho. Em 1990 houve eleição para a escolha do primeiro governador do novo Estado, e o eleito foi o brigadeiro Ottomar de Sousa Pinto (governou de janeiro/1991 a dezembro/1994).
Em 1995 foi eleito o engenheiro Neudo Ribeiro Campos (governou de janeiro/1995 a dezembro/1998). Na campanha do final de 1998, Neudo Campos foi reeleito e governou de janeiro de 1999 até às 20h30 do dia 05/04/2002, quando renunciou ao cargo de governador para disputar (e, foi eleito) para o cargo de deputado federal por Roraima. E, com a renúncia de Neudo Campos, assumiu o vice-governador Francisco Flamarion Portela (hoje deputado estadual).
No final de 2002 houve eleição e Flamarion Portela foi eleito (governou de janeiro/2003 a novembro/2004). Neste ínterim, o Brigadeiro Ottomar Pinto ingressou com uma Ação Judicial no Tribunal Superior Eleitoral contra Flamarion Portela. Resultado: em novembro de 2004 o TSE cassou o mandato de Flamarion Portela e o brigadeiro Ottomar Pinto tomou posse, governando até dezembro de 2006.
Em 2007 Ottomar de Sousa Pinto foi eleito, e governo no período de janeiro a dezembro daquele ano, quando faleceu no dia 11 de dezembro (de 2007). Assumiu o vice, o engenheiro José de Anchieta Junior, governando até dezembro de 2010. No ano seguinte, disputou o cargo com Neudo Ribeiro Campos. Foi eleito José de Anchieta (vice o ex-deputado federal Chico Rodrigues). O mandato termina em 2014.
ECONOMIA
O incentivo à lavoura e a criação de Núcleos Coloniais Agrícolas devemos ao agrônomo roraimense Valério Caldas de Magalhães que, como Diretor da Divisão de Produção, Terras e Colonização, criou em junho de 1951 duas Colônias Agrícolas: Fernando Costa (hoje Mucajaí) e Braz de Aguiar (hoje o Município do Cantá).
O Estado de Roraima produz: Arroz, milho, feijão caupi, soja, sorgo, mandioca, cana-de-açúcar, abacaxi, banana, laranja, limão, mamão, manga, caju, maracujá, coco-da-bahia, melancia, hortaliças, alface, cenoura, cebola, repolho, batata inglesa, tomate, entre outras fruteiras.
As extensas áreas de campos naturais em Roraima incentivaram os primeiros colonizadores a explorar a agricultura e a pecuária com a criação de gado. Os primeiros bovinos que chegaram à região foram trazidos em embarcações por via fluvial, existindo relato da chegada de 17 cabeças de gado em 1789. Dai em diante a população bovina crescia rapidamente com a introdução de novos animais.
Em 1988, na passagem de Território a Estado, Roraima tinha 376.682 cabeças de gado. Neste ano de 2013, os pastos contabilizam 651.511 cabeças de várias raças de gado, na maioria com destino ao abate e venda da carne.
FONTE : Jornal Folha de Boa Vista
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