O procurador da República Guilherme Rocha Göpfert esteve presente no evento que marcou a primeira venda de crédito de carbono do povo indígena Suruí. A iniciativa sustentável tem o apoio do Ministério Público Federal em Rondônia (MPF/RO), além de outros órgãos e entidades. Até o momento, os suruís conseguiram a possibilidade de comercializar 250 toneladas de carbono. No último dia 10, em Cacoal, os indígenas venderam para a empresa de cosméticos Natura o total de 120 toneladas. 
 
A manutenção da floresta em pé, pelos suruís, representa a não liberação de um grande estoque de gás carbônico que poderia estar poluindo a atmosfera, caso ela fosse queimada. O total de 250 toneladas de carbono é referente ao período de 2009 a 2012. Os suruís têm ainda 130 toneladas que podem ser negociadas com outras empresas, em igual situação. Até o fim do projeto, daqui a 20 anos, os indígenas pretendem comercializar um total de sete milhões de toneladas de carbono.
 
“Com a venda de credito de CO2 é possível evitar a poluição da atmosfera, preservar o meio ambiente e ainda lucrar com a chamada economia verde. O MPF apoia iniciativas como esta, ecologicamente sustentáveis e viáveis, principalmente para os povos indígenas da Amazônia”, afirmou o procurador.
 
O ato da venda reuniu, na Câmara Municipal de Cacoal, o representante do MPF/RO; o governador de Rondônia, Confúcio Moura; a representante da Natura, Talia Bonfante; além de lideranças indígenas, empresários e outros convidados.
 
Segundo Almir Suruí, “somos o primeiro povo indígena do mundo a fazer este tipo de negociação da forma correta, respeitando a natureza, as regras jurídicas, sociais e políticas. Esta é uma grande conquista para nós. Tivemos o apoio do Ministério Público Federal, Funai e outros órgãos, que acompanharam toda a trajetória do projeto, participando ativamente”.

FONTE  :  Assessoria de Comunicação  /  Ministério Público Federal em Rondônia