Para contribuir na elaboração de políticas públicas ambientais, está sendo realizada a 1ª Conferência Estadual do Meio Ambiente em Roraima, com eleição de delegados representantes do Estado e recolhimento das recomendações para implementação da Lei de nº 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos.

A abertura oficial ocorreu na noite de ontem, no auditório da Universidade Federal de Roraima (UFRR), com a presença de autoridades estaduais e da secretária de Articulação Institucional e Cidadania do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Mariana Meirelles. O evento encerra hoje com a realização de oficinas para que sejam dados prosseguimentos às próximas etapas até a IV Conferência Nacional do Meio Ambiente em Brasília(DF), programada para acontecer em outubro deste ano.

Segundo Mariana Meirelles, a conferência coloca para a sociedade temas estratégicos para o país, que visam a conservação da biodiversidade, da água, do clima e dos recursos energéticos, com vistas ao desenvolvimento sustentável. Neste ano, há quatro eixos temáticos em que para cada um espera-se recolher 15 recomendações focadas na região: Produção e consumo sustentável; educação ambiental; geração de emprego e renda; e impactos ambientais.

“Nesta conferência estadual os delegados representantes serão eleitos e levarão as recomendações para o âmbito nacional. A nossa expectativa é que a sociedade também participe das discussões, pois a questão de resíduos sólidos afeta a todos de um modo geral. Essa política possui a responsabilidade de compartilhar tanto com a parte do gerador, consumidor e governo”, explicou Mariana.

Para implementação dessa política, os catadores de lixo serão incluídos com geração de oportunidades de trabalho e renda, sendo considerado um ponto de suma importância no processo. “A política está instituída conforme a lei, mas deve ainda ser aplicada e necessita de planos logísticos. Os catadores são atores relevantes nesse contexto e em Roraima, apenas o Município de Mucajaí apresenta um plano”, disse.

Questionada sobre deficiências observadas no que diz respeito ao meio ambiente no Estado, a secretária frisou que, assim como em todo o Brasil, existe um problema de gestão integrada. “Claro que existem municípios de excelência no país que já atuam buscando melhorias. Foram 21 anos de debate sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos e temos mais alguns anos para poder dizer falar sobre os resultados no Brasil”, frisou.

FONTE : Folha de Boa Vista