O Serviço Florestal Brasileiro (SFB) assinou no Dia Mundial do Meio Ambiente, 5/06, dois novos contratos de concessão que permitirão o manejo florestal sustentável em 87 mil hectares em Rondônia, na Floresta Nacional de Jacundá.

Em cerimônia realizada em Brasília, o diretor-geral do SFB, Antônio Carlos Hummel, destacou o aumento das áreas sob concessão e a contribuição desta política para promover madeira legal e sustentável para o mercado. “As concessões entraram na pauta das políticas públicas para ordenar o setor madeireiro. A partir do momento em que se direciona essa atividade produtiva, damos condições para a expansão sustentável da extração de madeira na Amazônia.”

A empresa Madeflona Industrial Madeireira recebeu o direito de realizar o manejo florestal na área durante os próximos 40 anos. Segundo o empresário florestal Jonas Perutti, a concessão traz entre seus principais benefícios o suprimento contínuo de matéria-prima no longo prazo. “O que você tem hoje [volume para extração de madeira], terá daqui cinco, 10 ou 20 anos”. O potencial produtivo das áreas é de cerca de 42 mil metros cúbicos anuais, o que vai gerar pelo menos 120 empregos diretos por ano.

Perutti afirma que a transparência com que o processo de concessão é conduzido esteve entre os fatores que motivaram a empresa, atualmente concessionária na Flona do Jamari (RO), a concorrer também na Flona do Jacundá. “Na forma como está sendo conduzido a gente vê transparência, e se a gente vê transparência, acredita no negócio.”

Evolução
Segundo o engenheiro florestal Evandro Muhlbauer, responsável técnico da empresa vencedora, é perceptível a evolução ocorrida no processo de concessão florestal como um todo, desde as regras de negócio até a atuação dos diferentes órgãos federais que participam no processo, com ganhos que refletem em eficiência, agilidade e ganho de competitividade por parte dos concessionários.

 A avaliação vem da experiência acumulada pelo fato da empresa ser uma das concessionárias da primeira concessão florestal federal, na Flona do Jamari, onde a Madeflona começou a operar em 2010. “A gente acredita muito nas concessões, senão, a gente não estaria aqui”, afirma Muhlbauer.

O edital para Jacundá incorporou uma série de modificações que aproximaram o modelo de contrato da realidade das operações florestais, o que reduziu os custos de transação, ampliou os incentivos e a atratividade das concessões. “É preciso entender o mercado para avançar nas boas práticas. Nós estamos nos aproximando do mercado, e é possível fazer isso mantendo a sustentabilidade e os benefícios sociais”, afirma Hummel.

Além dos contratos da Flona do Jacundá, o SFB aguarda celebrar em breve novos contratos referentes ao processo de licitação da Flona Saracá-Taquera (PA), Lote Sul, que se encontra na fase final do processo licitatório. Junto com o lançamento do edital da Flona do Crepori, no dia 31/05, que traz mais de 440 mil hectares para o manejo, gera-se uma expectativa positiva para 2013.

Para Hummel, 2013 será um ano marcante em escala e visibilidade ao processo de concessão florestal com o lançamento de diversos editais e a assinatura de novos contratos, contribuindo para a geração de empregos e o fortalecimento das economias locais com base no uso sustentável das florestas públicas. “A economia madeireira sustentável na Amazônia depende fundamentalmente de uma boa gestão das terras públicas destinadas. Ou seja, são terras que estão sob as responsabilidades dos poderes públicos federal e estadual”, afirma.

FONTE :  Serviço Florestal Brasileiro – Assessoria de Comunicação