O Fundo Amazônia e a Fundação Banco do Brasil (FBB) anunciaram na manhã desta quarta-feira (19/06) o apoio financeiro a 34 projetos de desenvolvimento de atividades produtivas sustentáveis, aliadas à conservação e proteção ambiental na Amazônia. Destes, 18 resultam da chamada pública de projetos produtivos sustentáveis realizada pelo Fundo Amazônia e 16 da parceria entre as duas instituições. Os programas se estendem por oito estados do bioma.
Criado em 2008, o Fundo Amazônia é gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Surgiu com o objetivo de captar recursos para investimentos não-reembolsáveis em iniciativas de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento e de conservação e uso sustentável da região. Entre as áreas de atuação, estão projetos como os de gestão de áreas protegidas e manejo florestal. Até agora, R$ 400 milhões foram liberados. Metade desse valor foi destinado a projetos do terceiro setor, que apoiam iniciativas sustentáveis em benefício de populações e comunidades tradicionais e da agricultura familiar.
VERBA
Os 34 projetos englobados pela parceria somarão o investimento de cerca de R$ 200 milhões. Do total, R$ 100 milhões correspondem à parceria entre a FBB e o Fundo Amazônia, sendo R$ 60 milhões provenientes do Fundo Amazônia e R$ 40 milhões da Fundação Banco do Brasil. Destes, R$ 15,4 milhões já foram liberados para financiar a primeira chamada da FBB, que beneficiou de 16 projetos. A estimativa é que o montante total seja empenhado ao longo de cinco anos.
Os outros 18 projetos anunciados pelo BNDES e financiados pela chamada pública do Fundo Amazônia deverão iniciar os desembolsos no segundo semestre deste ano, totalizando outros R$ 100 milhões. O acordo que permitirá a operação da verba foi assinado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e pelas instituições bancárias durante o encontro “Diálogos Governo e Sociedade Civil: Fundo Amazônia”, no Palácio do Planalto.
O objetivo é agregar valor às atividades tradicionais realizadas na Amazônia e equilibrar desenvolvimento econômico e preservação dos recursos naturais. Os projetos possibilitarão, entre outros, o apoio à extração e ao comércio de produtos como guaraná, castanha do brasil e babaçu. Os povos indígenas, extrativistas, assentados da reforma agrária e agricultores familiares aparecem entre os beneficiados.
CATALISADOR
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, destacou a necessidade de atenção para um dos principais mecanismos de financiamento e proteção do bioma. “O Fundo é um catalisador de novas práticas e políticas na Amazônia. É preciso ter uma estratégia ambiciosa, mudar a cultura e colocar novas questões em relação ao desenvolvimento sustentável da região”, afirmou.
“O terceiro setor e a população devem participar dos esforços para conter a degradação da Floresta Amazônica. Estamos entrando em um novo padrão de participação da sociedade, afirmou o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. “É urgente cuidar da Amazônia, da população que vive lá e condenar práticas como o garimpo ilegal e a exploração ilegal da madeira.”
FONTE : ASCOM/MMA
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