O  decreto de homologação da Terra Indígena Kayabi foi publicado na última   quinta-feira, 24, no Diário Oficial da União. Localizada entre os   municípios de Apiacás, no estado de Mato Grosso, e Jacareacanga, no   estado do Pará, a TI foi homologada pela presidenta Dilma, para a posse   permanente dos povos Kayabi, Munduruku e Apiaká, com superfície   1.053.257 hectares.  

As   notícias que se tem dos Kayabi, desde o século XIX, caracterizam este   grupo como habitantes tradicionais do interflúvio Juruena/Teles Pires.   Em 1884, os Kayabi foram mencionados pela primeira vez na literatura com   um nome parecido com o atual. A primeira frente de expansão nacional a   penetrar o território Kayabi, com exceção dos bandeirantes à procura de   minérios, foi formada por seringueiros, no final do século XIX.

Em   1915, o então Cel. Cândido Rondon, à época Chefe da Comissão de Linhas   Telegráficas Estratégicas de Mato Grosso ao Amazonas, instruiu o Ten.   Pyrineus de Souza que teve diversos contatos com os Kayabi. Essas   informações determinaram o início das ações de atração e pacificação do   Serviço de Proteção aos Índios – SPI com os Kayabi, com a fundação do   Posto Pedro Dantas em 1922. Em 1936, os Kayabi já eram vistos na foz do   Teles Pires e até na Missão Católica do rio Cururu, onde foram   localizados por Curt Nimuendaju.

O   processo recente de demarcação da terra indígena teve início em 1993,   com os estudos de identificação e delimitação da área de uso   tradicional, e foi declarada pelo Ministro da Justiça como de ocupação   permanente indígena, por meio da Portaria Declaratória nº 1149/MJ/2002.

FONTE : FUNAI = http://www.funai.gov.br/portal/