Em oficinas realizadas nos dias 16 e 17 de março, moradores da região das comunidades de Cuinã e Itapuru puderam se familiarizar com temas como legislação, tomada de decisões e estratégias de conservação.

O Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, por meio de seu projeto de Conservação de Vertebrados Aquáticos Amazônicos (Aquavert), em parceria com o Instituto Piagaçu-Purus, promoveu uma serie de atividades socioambientais para 35 moradores das comunidades de Cuinã e Itapuru, no Amazonas, com o objetivo viabilizar a construção de um mapeamento participativo das áreas da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Piagaçu-Purus onde há a ocorrência de ninhos das espécies jacaré-açu e jacaretinga.

Em oficinas realizadas nos dias 16 e 17 de março, os participantes puderam se familiarizar com temas como legislação, tomada de decisões e estratégias de conservação. “O mapeamento participativo é uma atividade na qual os comunitários desenham a reserva, identificando áreas para a cultura de subsistência e conservação”, explicou a bolsista de pesquisa do programa de Conservação de Jacarés Kelly Torralvo. “O intuito desse processo é trabalhar, com o envolvimento comunitário, as estratégias de monitoramento e conservação das espécies de jacarés”.

O pesquisador e coordenador do componente “jacarés” do projeto Aquavert, Robinson Botero-Arias, avalia que o aspecto mais importante desse tipo de ação é justamente o aspecto participativo. “A partir de uma metodologia simples, consegue-se organizar e quantificar as informações e conhecimentos dos moradores locais. Sem dúvida, a relevância maior do mapeamento participativo é o reconhecimento do saber tradicional e cotidiano das comunidades locais, de tal forma que essa informação possa ser usada na estruturação de ações de pesquisa e conservação”.

Histórico

O processo de cooperação entre os institutos de pesquisa Mamirauá e Piagaçu-Purus vem ocorrendo desde 2007 e foi potencializado com o apoio do projeto Aquavert, iniciativa desenvolvida pelo Instituto Mamirauá com patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Ambiental.

A parceria em torno do mapeamento participativo propiciou o intercâmbio de conhecimentos e articulações que futuramente poderão garantir uma abrangência geográfica maior dos projetos em desenvolvimento. 

(Thiago Almeida – Ascom do Instituto Mamirauá)

 FONTE  :  http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=86427