As mudanças climáticas estariam fazendo com que indígenas brasileiros tenham cada vez mais dificuldade em realizar previsões exatas sobre a ocorrência de chuvas e períodos de estiagem. Esta é a conclusão de Germano Afonso, doutor em Astronomia e Mecânica Celeste pela Universidade Pierre e Marie Curie, na França. Segundo ele, as emissões humanas de dióxido de carbono (CO2) estariam prejudicando os indígenas, comprometendo as suas noções de astronomia, que seriam essenciais para o seu planejamento de plantio, colheita, pesca e outras atividades (Agência Efe, 1/04/2013).
Afonso afirma, ainda, que os conhecimentos indígenas têm sido passados de geração em geração há séculos e os resultados, até então, seriam sempre muito precisos. Porém, ainda que as análises das constelações continuem a serem feitas da mesma forma, as chuvas e os períodos de estiagem têm ocorrido fora dos períodos previstos e os próprios indígenas culpam as mudanças climáticas por tais dificuldades nas previsões.
Contando com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEA), Afonso e sua equipe estabeleceram contatos com diversas tribos para comparar as previsões dessas etnias com as medições meteorológicas científicas registradas na região. Em declaração à Efe, o pesquisador afirmou: “Com essa análise, percebemos que alguns fenômenos provocados pelas mudanças climáticas estavam desvirtuando as previsões, tendo em vista que a chuva se atrasava ou se antecipava por fenômenos como El Niño e o desmatamento.”
O pesquisador afirmou que as diferenças entre as previsões indígenas e os registros meteorológicos colhidos na região seriam resultado do efeito estufa, do desmatamento, da poluição e da construção de represas em zonas de floresta.
A pesquisa do doutor Afonso parece ser mais um exemplo do modismo “aquecimentista” que tem dominado a ciência climática nas últimas décadas. Embora não se possa negar que os indígenas e outros povos tradicionais detenham um vasto conhecimento empírico sobre astronomia e climas, no tocante à dinâmica climática, eventualmente, os seus prognósticos falham, assim como os dos modelos climáticos dos “aquecimentistas”, pelo simples fato de que a dinâmica climática é influenciada por uma multiplicidade de fatores não lineares, de comportamento muitas vezes imprevisível. Portanto, atribuir estas falhas eventuais à ação humana no clima global – de resto, inexistente – não merece outra qualificação que a de fraude acadêmica, e o fato de que semelhante linha de pesquisa receba financiamento de um órgão de fomento público denota a facilidade com que os pesquisadores “aquecimentistas” encontram recursos para as suas teses esdrúxulas.
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