Triplicar a produção de peixe de piscicultura, no Amazonas, mantendo as mesmas áreas de tanques existentes, é possível a partir da adaptação para um sistema intensivo de criação em tanques escavados e uso de aeração artificial diária, proposto por pesquisadores da Embrapa Amazônia Ocidental. 

O sistema foi colocado em prática na propriedade do casal de piscicultores Luis e Franci Bonfá, no município de Rio Preto da Eva (AM) durante o período de um ano e acompanhado por uma equipe de pesquisadores da Embrapa, que atuam em aquicultura.

O resultado foi positivo com índices de produtividade três vezes maior que a média estadual e lucratividade de 54,21% no empreendimento. Agora, outros produtores se mostraram interessados no sistema, que é novo em estados da Região Norte.

É o caso do piscicultor Osvaldir Bento da Silva, que está se preparando para adotá-lo no município de Iranduba (a 25 quilômetros de Manaus), até o final do mês de janeiro, onde possui área de aproximadamente 3,5 hectares, na qual produz 6,5 toneladas de tambaqui por hectare. “Vejo o uso dessa tecnologia como a solução para a atividade. Na minha opinião é o que existe de mais interessante de resultados para a piscicultura no Amazonas”, afirmou.

Em Rio Preto da Eva (a 87 quilômetros de Manaus), Alrimar Filho pretende fazer a mesma coisa. “Os resultados só vem reforçar o interesse”, afirmou, acrescentando que pretende implantar em sua propriedade em Rio Preto da Eva, até março de 2013.

O piscicultor Aniceto Wanderley, estabelecido no Estado de Roraima e considerado um dos maiores empreendedores de piscicultura de grande porte na região norte, também manifestou interesse no sistema intensivo diante dos resultados apresentados pela Embrapa, que são três vezes superiores ao que obtém em seu empreendimento.

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