Posto da Mata agora é um vilarejo abandonado com ruas desertas e construções vazias. Só restou o esqueleto de uma comunidade que abrigava mais de 600 moradores.
O povoado era o centro comercial e social da área de 160 mil hectares, que agora é considerada indígena. Cerca de seis mil pessoas entre produtores rurais, trabalhadores e comerciantes viviam na região há mais de 20 anos.
Com a desocupação, determinada pela Justiça, as famílias se refugiaram nos municípios vizinhos: Confresa, Novo Santo Antônio, Bom Jesus do Araguaia e também na sede de Alto Boa Vista, ao qual pertencia o distrito de Posto da Mata.
Por três cômodos em Bom Jesus do Araguaia, Raimunda Pereira vai pagar R$ 350 por mês. O Incra fez o cadastro de todas as famílias que viviam na área e ofereceu terras para quem se encaixa no perfil do programa de reforma agrária.
Lotes de um hectare foram demarcados na zona urbana de Alto Boa Vista para implantar o “Projeto Casulo” e formar um cinturão verde em torno do município. Nas chácaras, os pequenos produtores poderão criar pequenos animais e plantar hortaliças e frutas.
Outra área destinada para os posseiros pelo Incra fica no assentamento Santa Rita, em Ribeirão Cascalheira, a 150 quilômetros da reserva indígena. São 250 lotes de 70 hectares cada um.
A área é bruta, para entrar, só derrubando o cerrado. As famílias que já vivem no assentamento há pelo menos dois anos dizem que as terras são arenosas e precisam de correção para que o plantio dê certo.
De acordo com o assessor especial da Presidência da República, Nilton Tubino, que coordena o processo de desocupação da terra xavante, todas as famílias selecionadas pelo projeto de reforma agrária vão receber linhas de crédito para iniciar a produção.
VER MAIS EM : G1 – http://g1.globo.com/economia/agronegocios/vida-rural/noticia/2013/01/familias-que-deixaram-area-indigena-em-mt-reclamam-de-assistencia.html
Deixe um comentário