Índios que vivem no norte do Parque Nacional do Xingu (MT) denunciam que estão sem médicos na região desde 2010. Eles afirmam que o atendimento no Alto Xingu fica a cargo de enfermeiros e técnicos. O governo federal é responsável pelo atendimento à saúde em áreas indígenas.
“Não tem médico, só enfermeira e outro atendente”, disse o índio Mataryua, 47.
As reclamações cresceram após o cacique Aritana Yawalapiti ter um derrame no dia 6. Ele, que conviveu com os irmãos Orlando e Cláudio Villas-Bôas, responsáveis pela criação do parque, em 1961, preside o Conselho da Liderança do Xingu.
Familiares dizem que a pressão do cacique subiu, mas ele não tinha nem remédios nem médicos.
Como o tratamento espiritual com o pajé não surtiu efeito, eles decidiram transferi-lo para Brasília. Um avião contratado pelo governo federal o levou à Canarana, cidade próxima à reserva, dois dias após o derrame.
O Ministério da Saúde informou que só poderia levá-lo a Brasília no dia seguinte, por causa do mau tempo. Segundo a pasta, a avaliação médica constatou que a demora não traria risco à saúde de Aritana.
O filho do cacique, Tapi, 36, disse que a situação do pai se agravou e um amigo fretou outra aeronave para levá-los a Brasília. Aritana está internado no hospital da Universidade de Brasília e apresenta melhoras.
O Ministério da Saúde disse que o atendimento é feito por 420 profissionais em quatro postos na área indígena e em unidades próximas e que as equipes se revezam para cobrir todos os 2,6 milhões de hectares do parque. (DANIEL CARVALHO)
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