A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, assina nesta quinta-feira (24) contrato com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que destinará R$ 65 milhões à realização do Inventário Florestal Nacional (IFN). A cerimônia ocorrerá às 15h15, no Ministério.
Participam também o diretor do BNDES, Guilherme de Lacerda, e o diretor geral do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), Antônio Carlos Hummel.
O recurso do Fundo Amazônia será repassado ao Serviço Florestal, órgão do Ministério do Meio Ambiente, para a execução do IFN na Amazônia. A primeira fase do levantamento em 2013 abrangerá o Arco do Desmatamento, formado por Rondônia, centro e norte do Mato Grosso e leste do Pará.
“O Arco do Desmatamento possui uma paisagem bastante dinâmica, resultando em rápidas mudanças no uso da terra e desmatamentos. Como o IFN servirá para o monitoramento da qualidade das florestas, é importante termos uma ampla base amostral desta região que vem sendo bastante alterada”, explica o Gerente-Executivo de Informações Florestais do SFB, Daniel Piotto.
O Inventário é uma ação do governo federal já em andamento, com o intuito de conhecer as florestas de todo o país e baseia-se na coleta de dados diretamente em campo, em locais previamente definidos, chamados de pontos amostrais. Em toda Amazônia, haverá em torno de sete mil pontos. Apenas no Arco do Desmatamento, serão levantadas informações de cerca de 3 mil pontos amostrais, distantes 20km um do outro. O IFN na Amazônia deve ser concluído em 4 anos.
Floresta por dentro
A realização do Inventário Florestal Nacional na Amazônia permitirá conhecer a floresta por dentro e formar um panorama abrangente sobre a qualidade e condições do que hoje só se conhece como cobertura florestal. As espécies arbóreas existentes, o estoque de biomassa e carbono, a qualidade dos solos, o nível de degradação das florestas e a saúde e vitalidade das árvores, por exemplo, poderão melhorar a formulação e a implementação de políticas públicas.
Como o foco é trazer dados sobre florestas em todo o território, surgirão informações sobre as características da vegetação em áreas desmatadas no passado e que encontram-se em processo de regeneração, por abandono ou outras razões. Dados que já existem poderão ser aperfeiçoados com o IFN, como as estatísticas sobre estoque de biomassa e carbono, hoje baseadas em poucos dados de campo.
Levantamento socioambiental
O IFN também irá revelar a percepção das populações locais sobre a existência, uso e conservação dos recursos florestais. Para cada um dos pontos amostrais, serão entrevistados moradores em um raio de até dois quilômetros.
Para fazer o levantamento de campo, tanto de dados biofísicos quanto socioambientais, as equipes receberão treinamento na metodologia nacional. Também serão feitas parcerias com os governos estaduais, universidades e instituições de pesquisa da região.
FONTE : Serviço Florestal Brasileiro- Assessoria de Comunicação
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