Fazendeiros e trabalhadores rurais que vivem no interior da Terra Indígena Marãiwatsédé, na região nordeste de Mato Grosso, continuam bloqueando trechos da Rodovia BR-158, que liga Barra do Garça (MT) a Belém (PA). Eles protestam contra a decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região que, em 2010, reconheceu a legalidade da demarcação de terras, homologada em 1998, e determinou a retirada dos ocupantes não indígenas e a recuperação das áreas degradadas.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, um dos bloqueios foi montado ontem (12), no km 566 da rodovia federal, próximo ao Aeroporto Municipal de Água Boa (MT). Outro bloqueio, montado desde segunda-feira (12), fica no distrito de Posto da Mata, onde, segundo o Censo Demográfico feito em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), vive a maior parte dos não índios que ainda moram na terra indígena xavante.
Entre os dias 7 e 17 de novembro, oficiais de Justiça notificaram 455 pessoas de 242 empreendimentos (casas, comércios, fazendas) sobre o prazo de 30 dias para deixarem a área. Mais da metade dessas notificações (253) foi feita no distrito de Posto da Mata. Mais 43 empreendimentos encontravam-se abandonados ou não tinham moradores no momento da vistoria.
Homologada por decreto presidencial em 1998, a Terra Indígena Marãiwatsédé tem 165.241 hectares e abrange parte do território das cidades mato-grossenses de Alto Boa Vista, Bom Jesus do Araguaia e São Félix do Araguaia, no nordeste do estado. Um hectare corresponde a 10 mil metros quadrados, aproximadamente as medidas de um campo de futebol oficial.
Oficiais de Justiça e integrantes do grupo de trabalho interministerial responsável pela operação de desintrusão (retirada) da área visitaram, da última segunda-feira (10) até ontem à noite (12), oito propriedades cujos responsáveis voltaram a ser notificados do prazo para deixarem a área, levando todos seus pertences.
Nenhum novo conflito foi registrado na região nos últimos dois dias, mas de acordo com várias pessoas ouvidas pela Agência Brasil, o clima é tenso. Na segunda-feira (10), quando a operação de retirada de não índios teve início, manifestantes contrários à decisão de deixar a área atacaram policiais da Força Nacional, da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), deixando um saldo de dez feridos.
Oficiais de Justiça fazem vistoria em fazendas em terra indígena e alertam sobre prazo para saída da área
Nenhum novo conflito foi registrado na região nos últimos dois dias. Na segunda-feira (10), quando a operação de retirada de não-índios teve início, manifestantes contrários à decisão de deixar a área atacaram policiais da Força Nacional, da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), deixando um saldo de dez feridos.
Segundo a Fundação Nacional do Índio (Funai), na segunda-feira, os oficiais de Justiça estiveram em duas fazendas. O proprietário da primeira delas, a Fazenda Jordão, de cerca de 4,8 mil hectares, mora em São Paulo e seus funcionários foram notificados de que têm até dez dias para desmontar todas as construções, como curral e galpão, e retirar o gado. Já na segunda propriedade, a Fazenda Córrego da Cabaça, duas das três casas já foram desocupadas e a família da terceira moradia já se preparava para deixar o local.
Das seis fazendas vistoriadas na terça-feira (11), quatro já estavam desocupadas, de acordo com a Funai. Ontem, os oficiais não visitaram outras propriedades, dedicando o dia à organização da continuidade da operação.
Homologada por decreto presidencial em 1998, a Terra Indígena Marãiwatsédé tem 165.241 hectares e abrange parte do território das cidades mato-grossenses de Alto Boa Vista, Bom Jesus do Araguaia e São Félix do Araguaia, no nordeste do estado. Um hectare corresponde a 10 mil metros quadrados, aproximadamente as medidas de um campo de futebol oficial.
FONTE : Agência Brasil
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