Por abrigar a maior floresta tropical do planeta, o Brasil tem a responsabilidade de preparar seus jovens para a gestão desse rico patrimônio natural e cultural. Pensando nisso, a Fundação Roberto Marinho, o Fundo Vale e o Governo do Estado do Pará lançam, nesta terça-feira, 13/11, em Belém, o Florestabilidade, um projeto nacional de educação que visa despertar vocações para carreiras ligadas ao manejo florestal e oferecer recursos pedagógicos para professores e técnicos da extensão rural da Amazônia. O projeto conta com apoio do Serviço Florestal Brasileiro (SFB).
A cerimônia de lançamento acontecerá às 9h30 no Teatro Maria Sylvia Nunes, na Estação das Docas de Belém, e contará com a presença do governador do Estado, Simão Jatene, de educadores, estudantes, manejadores e técnicos extensionistas, além de parceiros da iniciativa.

“O projeto Florestabilidade nasceu da necessidade de propagar os valores econômicos, sociais e ambientais do manejo florestal. O escopo do programa é amplo e aborda as três principais utilizações da floresta: como bem de produção, como meio de vida e como serviço ambiental”, explica Andrea Margit, gerente de Meio Ambiente da Fundação Roberto Marinho.

Segundo a diretora de Fomento e Inclusão do SFB, Claudia Azevedo-Ramos, o Florestabilidade é uma iniciativa a ser aplaudida e fortalecida, pois “dissemina o conhecimento sobre o manejo florestal sustentável a quem mais precisa e nem sempre tem fácil acesso a informação”.

Utilizando como base uma metodologia pedagógica aprimorada pela Fundação Roberto Marinho ao longo de mais de duas décadas, o Florestabilidade será inicialmente aplicado em parceria com os órgãos ambientais do estado do Pará, como a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado (EMATER-PA). Entre 19 e 30 de novembro, 100 técnicos da EMATER-PA serão formados pelo projeto e receberão os materiais pedagógicos.

“O Florestabilidade é um projeto fundamental para o estado, por causa da quantidade de florestas que temos aqui. O que queremos mostrar é que, com o plano de manejo adequado, podemos nos beneficiar da área, tirar dela tudo o que precisamos, sem devastá-la. O projeto fará com que as pessoas entendam que o importante é manter a floresta em pé”, diz Cleide de Oliveira, presidente da Emater- Pará.

Entre janeiro e março de 2013, serão formados mil professores vinculados à Secretaria de Estado de Educação do Pará. Durante oficinas, professores e extensionistas vão simular a aplicação do conteúdo em escolas e comunidades. O Florestabilidade também chegará às escolas do Amazonas, Acre e Amapá.

Os recursos pedagógicos incluem 15 programas de televisão (15min cada), 15 programas de rádio (2min30 cada), dois livros para os mediadores (com conteúdo sobre manejo florestal e sugestões de planos de aula), o jogo Florestabilidade e um website interativo – que vai conectar os participantes do projeto com oportunidades de estudos e de trabalho em manejo florestal.

“Em um estado da região amazônica que está trabalhando a questão dos municípios verdes, cujo objetivo é alcançar uma economia mais forte e sustentável, revertendo um quadro de devastação, trabalhar a questão das florestas a partir da educação é fundamental. Trata-se, também, de sistematizar um conhecimento empírico que esses jovens já têm, contribuindo para formar uma geração que valorize muito mais o exercício de uma consciência socioambiental responsável para a região e para o país”, afirma o secretário de estado de Educação do Pará, Cláudio Cavalcanti Ribeiro.

Diversos especialistas e instituições dedicadas ao tema contribuíram com o desenvolvimento do material pedagógico, dentre eles o Serviço Florestal Brasileiro (SFB), o Instituto Floresta Tropical (IFT), o Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), o Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola) e o IEB (Instituto Internacional de Educação do Brasil).

“O Florestabilidade vem para abrir o horizonte dos jovens para uma profissão do futuro. Estima-se que em 2020 haverá uma carência de aproximadamente 10 mil postos de trabalho na área de manejo florestal na Amazônia, e os centros de excelência nessa área estão com limites de capacidade de operação. Além disso, o projeto vem atender à demanda de comunidades onde há grande vocação para o manejo florestal e pouco acesso à educação especializada”, diz Mirela Sandrini, diretora de operações do Fundo Vale.

Na TV
As ações de responsabilidade socioambiental difundidas pelo Florestabilidade são tema de programas televisivos que, além de integrarem o material didático, são exibidos, para todo o país, pelo Canal Futura. Apresentada por Sérgio Marone na Amazônia, a série de 15 episódios mostra experiências bem-sucedidas no manejo de recursos florestais, feito por extrativistas, indígenas e empresas, principalmente nos estados do Acre, Amazonas, Pará e Rondônia. A estreia aconteceu em 5 de novembro, às 20h50. O programa vai ao ar todas as segundas-feiras às 20h50, com reprises aos sábados, às 15h50.

Na série, estarão em pauta assuntos como o manejo da madeira, da copaíba, do açaí, da castanha, do látex, dentre outros, e o desenvolvimento social e econômico das famílias que têm práticas responsáveis na gestão dos recursos da floresta.

Para a realização da série, a equipe de produção foi conferir o manejo da floresta em unidades de conservação, como a Floresta Nacional do Tapajós e a Reserva Extrativista Verde para Sempre (PA); a Reserva Extrativista Chico Mendes (AC); e as Reservas de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e Uacari (AM). Foram gravados ainda programas em localidades como a Terra Indígena Sete de Setembro (RO), a Cooperacre, a Cooperfloresta e o Projeto de Assentamento Agroextrativista Chico Mendes (AC). No Florestabilidade, extrativistas, ribeirinhos e indígenas são os instrutores do manejo florestal.

Sobre o Fundo Vale
O Fundo Vale foi criado pela Vale S.A. em 2009 para atuar em projetos de desenvolvimento sustentável. Como um fundo de cooperação, articula parcerias e participa diretamente da gestão dos projetos que apoia, visando a conservação dos recursos naturais e a melhoria das condições de vida das populações. Até o final de 2012 o Fundo Vale estima um aporte de cerca de R$ 41 milhões em 27 projetos na Amazônia, com foco no combate ao desmatamento e geração de alternativas econômicas para melhora da qualidade de vida na região. Trata-se de uma ação pioneira que permite estender as boas práticas em gestão do setor empresarial para o desenvolvimento sustentável, deixando um legado para as próximas gerações. Saiba mais em www.fundovale.org.

Sobre a Fundação Roberto Marinho
Com sua tradição, alcance e pioneirismo, a Fundação Roberto Marinho está presente em todas as regiões do país, da Amazônia à costa litorânea, valorizando a cultura e a identidade nacionais. Criada em 1977 pelo jornalista Roberto Marinho, a instituição já formou mais de cinco milhões de brasileiros por meio do Telecurso – metodologia que une aulas presencias e a distância e trabalha com a construção coletiva do conhecimento . Nesses 30 anos de atuação, trabalhando em quatro áreas principais – Meio Ambiente, Educação, Patrimônio e Televisão, por meio do Canal Futura –, a Fundação tem criado modelos e metodologias que são replicados por meio de parcerias com agentes públicos e privados. O objetivo é criar matrizes que garantam a sustentabilidade dos programas e ajudem a transformar as pessoas em protagonistas de suas próprias vidas. Saiba mais em www.frm.org.br.

Sobre o Serviço Florestal Brasileiro – SFB
Tem a missão de conciliar uso e conservação das florestas, valorizando-as em benefício das gerações presentes e futuras, por meio da gestão de florestas públicas, da construção de conhecimento, do desenvolvimento de capacidades e da oferta de serviços especializados. O órgão foi instituído pela Lei nº 11.284/2006, e aprovado na estrutura regimental do Ministério do Meio Ambiente pelo Decreto nº 6.063/2007. Saiba mais em www.florestal.gov.br.

Com informações da Fundação Roberto Marinho / Approach
 

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