A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse, nesta sexta-feira (09/11), que a aprovação do novo Código Florestal, após debate que levou 13 anos no Congresso Nacional, não representa uma vitória de ambientalistas ou ruralistas. Em entrevista ao programa “Bom Dia, Ministro”, veiculado pela NBR TV, ela enalteceu o debate democrático ocorrido no parlamento. ”Há conciliação entre o meio ambiente e a agricultura”, salientou. “Quem teve a vitoria foi o povo brasileiro”.
Na conversa com âncoras de emissoras de rádio de todo o país, a ministra destacou que o novo regulamento “manda todo mundo recuperar, mas também reconhece as atividades de interesse social, de utilidade publica”. Segundo ela, o governo não tem interesse em penalizar os produtores rurais; “Prefiro reconhecer as boas práticas e dizer que o Brasil produz alimentos com sustentabilidade e com isso conquistar mais mercados”, argumentou. “Mostrar que é possível ser um grande produtor de alimentos protegendo o meio ambiente”.
SEM AFOBAÇÃO
A ministra abordou também a importância do Cadastro Ambiental Rural (CAR), instrumento fundamental para auxiliar no processo de regularização ambiental de propriedades e posses rurais. Consiste no levantamento de informações georreferenciadas do imóvel, com delimitação das Áreas de Proteção Permanente (APP), Reserva Legal (RL) e remanescentes de vegetação nativa, com o objetivo de traçar um mapa digital a partir do qual são calculados os valores da área para diagnóstico ambiental.
“Quero dar uma palavra amiga aos produtores rurais desse país: Teremos uma gestão com muita tranquilidade, não precisam sair afobados, todos serão informados”, acrescentou a ministra. “Mas terão que fazer o Cadastro Ambiental Rural”. Segundo ela, o governo comprou imagens de satélites de praticamente todo o território nacional. A ferramenta, além de facilitar o cadastramento, que é gratuito, permitirá a identificação de áreas que foram degradadas e que precisam ser recuperadas. O processo, garantiu, será feito com muita calma e com o apoio de campanhas informativas.
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FONTE : ASCOM/MMA
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