O suplente de deputado estadual Adalto de Freitas (PMDB), cuja base eleitoral é a região do Araguaia, conclama os produtores de Suiá-Missú a lutar pela terra. A Justiça decretou a desintrusão de não-índios da demarcação Marãiwatsédé e o prazo para a retirada, que será conduzida pela Força Nacional, se esgota em seis de dezembro.
Além de defender a luta pela terra, Daltinho ainda cobra que o governador Silval Barbosa (PMDB) mande para a região as polícias Civil e Militar, para ficar “do lado” dos produtores durante a ação da Força Nacional com o objetivo de evitar “abusos” do Exército.
“A luta pela terra é histórica e aqui estamos vivendo uma crise. Essa crise nos leva a uma reflexão que é não abrir mão da luta”, opina Daltinho. “Com todo respeito aos nossos indígenas, eles estão precisando muito menos de terra do que de saúde, de qualidade de vida”, afirma.
De acordo com Daltinho, Silval Barbosa já assumiu estar ‘do lado’ dos produtores e agora precisa enviar sua polícia ao local do possível confronto. “Cabe ao governador do estado, que já demonstrou sua posição a favor dos posseiros, fazendeiros e da comunidade, algumas atitudes mais pontuais”, afirma.
“Nós temos nos proxinos dias a desocupação dessa área já agendada com autorização do Judicário pela Força Nacional e nós queremos que o Silval Barbosa, numa demosntração da defesa do povo que o elegeu aqui no Araguaia, eu peço que ele mande pra cá a Policia Militar e a Polícia Civil”, defende.
Os produtores declaram que não vão sair pacificamente da área. Para Daltinho, no entanto, o envio das forças políciais do estado, não aumentaria o risco de um grave conflito. Segundo ele, os policiais iriam “acompanhar, não para confrontar a Força Nacional e para não deixar cometer abuso contra as pessoas que aqui estão”.
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