Políticos do Mato Grosso estiveram em Brasília/DF, com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) em mais uma tentativa de solucionar a questão da área Suiá Missú, transformada em Terra Indígena do povo Xavante. O Ministro Carlos Ayres Britto alegou não poder atuar na questão, pois o Judiciário só se posiciona se for instado a fazê-lo.
A mídia regional relata da seguinte forma é encontro entre os políticos de Mato Grosso e o Ministro do STF:
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ayres Britto, não foi sensível ao apelo dos trabalhadores e trabalhadoras rurais da gleba Suia Missu, que estão prestes a ser despejados da demarcação feita pela Funai.
Suiá Missú: Silval, Cidinho e Baiano tentam reverter despejo junto ao STF
O ministro ouviu relato de produtores da região, do advogado e do governador Silval Barbosa, além do presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado José Riva (PSD) e do senador Cidinho e do deputado Baiano Filho.
Brito disse que o judiciário é caracterizado pela inércia, ou seja, precisa ser convocado para tomar decisões. De acordo com o magistrado, os argumentos dos produtores rurais são completamente diversos dos argumentos da Funai, da AGU e da Casa Civil.
“O Sr [Silval] não é da base do governo? Então, eu sugiro que você busque um entendimento com a presidente [Dilma Rousseff], ligue para a ministra Gleisi Hofmann e peça a suspensão do despejo”, declarou Britto.
A colocação do ministro, que está prestes a se aposentar em 14 de novembro, causou surpresa aos participantes do encontro que não esconderam a decepção com a omissão do Poder Judiciário perante o grave problema fundiário.
Enquanto as tropas se dirigem para a região – http://juridico.olhardireto.com.br/noticias/exibir.asp?noticia=Comboio_do_Exercito_segue_para_ajudar_na_desocupacao_da_Suia-Missu&edt=8&id=3985 – ocupada por cerca de cinco mil produtores rurais, o governador Silval Barbosa, parlamentares e produtores rurais buscam outra saída para evitar o conflito entre índios e não-índios na região.
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