Objetivo é levantar participativamente informações para compor o estudo de viabilidade econômica do manejo florestal, pré-requisito para que comunidades realizem extração sustentável de madeira.
O Serviço Florestal Brasileiro (SFB) realiza esta semana a última etapa das oficinas voltadas à elaboração do estudo de viabilidade econômica do manejo florestal para cinco comunidades da Reserva Extrativista (Resex) Verde para Sempre, no Pará.
Até quarta-feira, 31/10, técnicos do SFB reúnem-se com representantes das comunidades Inumbi e Itapeua para coletar informações econômicas relacionadas à proposta de plano de manejo e também para construir participativamente os cenários ambientais, econômicos e sociais que irão subsidiar o estudo e a elaboração do planos. Esse trabalho já foi realizado com as comunidades Paraíso, Por Ti Meu Deus e Espírito Santo.
Para a produção do estudo também serão coletadas, junto às comunidades, informações técnicas sobre suas áreas – com apoio do Comitê de Desenvolvimento Sustentável de Porto de Moz (CDS) -, e informações sobre a floresta, a cargo do Instituto Floresta Tropical (IFT), responsável pelo censo das espécies que podem ser extraídas.
Exigência legal
O estudo de viabilidade econômica é uma exigência da Instrução Normativa Nº 16/2011do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para que as comunidades possam realizar o manejo florestal.
O engenheiro florestal da Unidade Regional do Distrito Florestal Sustentável da BR-163 do SFB, César Tenório, explica que o estudo é essencial para o sucesso do empreendimento de manejo florestal ao levantar os fatores que interferem nos custos e no retorno financeiro, para que a atividade seja sustentável também economicamente.
Serão avaliados, por exemplo, o tamanho da área para o manejo, volume de árvores comerciais, preços de equipamentos para as etapas do manejo, depreciação desses aparelhos, custo do frete, preços da madeira no mercado local e regional, dentre muitas outras variáveis econômicas. “As comunidades terão mais clareza com relação a gastos, receitas, qual o horizonte temporal para ter retorno e quanto poderá ser revertido para beneficiar os moradores”, afirma Tenório. O documento poderá mostrar, também, onde é necessário haver subsídios para a atividade.
A previsão é de que o estudo de viabilidade econômica seja apresentado em novembro na reunião do Grupo de Ação e Reflexão (GAR), que é composto, além do SFB, pelas cinco comunidades beneficiárias, CDS, ICMBio e IFT. Os estudos poderão contribuir para a definição de um modelo a ser replicado em outras comunidades interessadas no manejo comunitário.
O apoio ao manejo nessas comunidades envolve parceria entre o ICMBio, IFT e o SFB, no âmbito do projeto “Governança de Recursos Naturais por Pequenos Produtores Rurais da Amazônia”, de iniciativa do CDS e do Serviço de Apoio a Produção Familiar na Amazônia (Serviço Cerne).
FONTE : Serviço Florestal Brasileiro/Assessoria de Comunicação
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