Com o nível mais baixo dos últimos dois anos, o Rio Madeira está com 2,7 metros de profundidade nesta segunda-feira (24), de acordo com a Delegacia Fluvial de Porto Velho. Em alguns distritos da capital, como Papagaios e Curicacas, onde a incidência de bancos de areia é maior, balsas que transportam combustível estão tendo que parar e distribuir a carga, um processo que tem demorado, causando falta do produto na capital.No mesmo dia, em 2011, a régua marcava 3,36 metros e em 2010, marcava 3,10 metros. Segundo o comandante Amilton Rodrigues Eleotero, essa diferença não é boa, e tem causado transtornos à navegação.

“Em localidades como Papagaios e Curicaca, onde a profundidade do rio chega a 1,8 metros, o transporte fluvial fica comprometido. As balsas de grande calado, com mais de 2,5 metros de altura, e que estão carregadas estão tendo que parar nestes pontos e fazer uma operação de divisão. Outras balsas menores vêm descarregadas até o ponto onde as balsas maiores estão, e o produto é transportado devagar e separadamente”, explica.

Também de acordo com o comandante, a segunda quinzena de setembro, até o início de outubro, é a época de seca mais crítica do rio. “Historicamente, é esperado que no começo de outubro o nível da água comece a subir novamente, enquanto isso temos que aguardar”, conta.

Segundo Amilton, não há uma explicação para o nível baixo em 2012. “O único fato novo é o enchimento do reservatório da hidrelétrica de Santo Antônio, mas não é possível atribuir a seca a este fato. Seria necessário pesquisas e acompanhamentos para isto”, diz.

De acordo com ele, dentro de mais 48 horas, será finalizado o processo de descarregamento, das duas balsas que estão paradas a cerca de 17 horas de distância de Porto Velho.

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