Nesta segunda-feira (17) acontece no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Seção Rondônia, em Porto Velho, o ‘IX Fórum Hidrovia Já’. O evento terá início às 9h. Entre os assuntos discutidos está o resgate do projeto de criação e implantação da Hidrovia do Madeira em Rondônia.O evento é promovido pela Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (SOPH), Sindicato das Empresas de Travessia e Navegação (Sindfluvial), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Rondônia, Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero), Marinha do Brasil, Federação Nacional de Empresas de Navegação Marítima, Fluvial e de Tráfego Portuário (Fenavega) e Confederação Nacional do Transporte (CNT).

O rio Madeira é uma das principais vias de escoamento entre os mercados consumidores do exterior e a região amazônica. Têm 570 milhas, o que corresponde a 1.056 km navegáveis. Sua posição estratégica alavanca o desenvolvimento regional. Para se ter uma ideia do potencial dessa via, todo derivado de petróleo consumido em Rondônia, inclusive o gás, é transportado por ela. Três bilhões de litros e 40 milhões de toneladas de grãos por ano passam por lá.

Para o presidente do Sindicato das Empresas de Navegação do Estado (Sindfluvial), Raimundo Holanda, todo esse potencial encontra-se totalmente abandonado pelo poder público. “Uma hidrovia é como uma BR. Precisa ter fiscalização e sinalização. Não é o que acontece no rio Madeira. Queremos uma resposta definitiva do Dnit. Vamos exigir que os recursos para a construção dessa obra sejam aplicados”, disse Holanda.
Para discutir sobre as aplicações dos recursos e a transformação do rio Madeira na primeira hidrovia do Brasil, acontecerá em Porto Velho no próximo dia 17 de setembro o “IX Fórum Hidrovia já”.

O delegado Fluvial Hamilton Rodrigues disse que houve uma reunião do Ibama, no Ministério das Minas e Energia, para tratar sobre os efeitos das usinas em relação à transposição dos troncos nas barragens, assoreamento do rio entre outros assuntos. O Ministério dos Transportes disse que o dinheiro já existe e que os investimentos acontecerão, porém é preciso que a partir desse Fórum seja gerado um documento que tenha força junto ao governo federal para concretizar esses investimentos.

Serão R$27 milhões para a construção do Porto e R$ 150 milhões para a hidrovia. O diretor da Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (SOPH/RO), Ricardo de Sá Vieira, disse que cobra agilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT), responsável pela obra e pela manutenção da hidrovia, desde o início do ano.

Estão em andamento os projetos para recuperação e adequação de oito corredores hidroviários, incluindo-se obras de dragagens, derrocamentos, sinalização, ampliação de terminais de carga, recuperação de portos fluviais e implantação de barragens e eclusas. Quanto aos terminais hidroviários da região amazônica que serão construídos ou recuperados enumera-se: no Pará dez terminais referentes ao PAC 2 e quatro remanescentes do PAC 1; no Amazonas são 11 do PAC 2 e dezesseis do PAC 1; em Rondônia, está em obra um terminal e mais quatro serão objeto de estudos, assim como outros quatro no Acre e um no Pará