A licença para implementação da Usina de Etanol, produção de energia e plantação de cana-de-açúcar no Estado está suspensa por conta do Decreto Federal de n° 6961/2009, que aprovou o zoneamento agroecológico da cana-de-açúcar e excluiu as áreas do bioma amazônico, em que Roraima está incluído.Conforme o presidente da Fundação Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos em Roraima (Femarh), Luiz Emi Leitão, o estado possui dois biomas, o amazônico e o do cerrado, o que não impede de haver a produção. “Para geração da fábrica e plantio, está previsto pouco mais 70 mil hectares. Não queremos mexer com a nossa floresta, mas com a parte dos lavrados, para que assim possamos contribuir no desenvolvimento estadual, gerando emprego e renda à população”, destacou o presidente, durante entrevista ao programa Agenda da Semana, que vai ao ar todos os domingos pela Rádio Folha AM 1020.

O Ministério Público Federal em Roraima (MPF/RR) e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) ingressaram com ação civil pública para impedir a implantação da usina. O objetivo do decreto é proteger a natureza das agressões causadas pela cadeia produtiva da cana-de-açúcar.

De acordo com Leitão, o processo de licenciamento do empreendimento da empresa Biocapital Consultoria Empresarial e participações S.A. iniciou em 2007 e no ano de 2009 obteve Licença Prévia do Empreendimento por meio da Femarh.

“A empresa seria instalada no km 50 da BR-401 e plantaria inicialmente 75 mil hectares de cana de açúcar. Espero que nossos representantes consigam reverter essa situação, para darmos início a implementação desse grande negócio que beneficiará a todos, desde o pequeno agricultor a toda população roraimense”, ressaltou o presidente da Femarh.

FONTE  :  Folha de Boa Vista