A Operação Karipuna, da Fundação Nacional do Índio (Funai), encontrou nos primeiros três dias de fiscalização várias irregularidades na Terra Indígena Karipuna, localizada a 270 quilômetros de Porto Velho. Durante a operação, que começou na sexta-feira (18), ninguém foi preso, mas foram identificados vários focos de queimada a apenas um quilômetro da reserva, além de restos de acampamentos, clareiras e madeiras abandonadas a até oito quilômetros dentro da Reserva Karipuna.
A maior parte da madeira extraída ilegalmente foi levada pelos invasores antes da chegada da polícia e outra parte foi deixada nas estradas para dificultar a chegada da fiscalização até os pontos de desmatamento. “O fato de retirarem a madeira com tanta rapidez, demonstra a grande logística que os madeireiros têm para movimentar uma grande quantidade de madeira em tão pouco tempo”, diz José Pires, delegado da Polícia Federal.
Para conseguir flagrar as irregularidades, os ficais se posicionaram em lugar estratégico durante a noite, no entroncamento de duas linhas. “Esse é um dos recursos que temos para ter uma ação mais efetiva para surpreender os invasores”, explica Uvarquelandio Sousa Santos, sargento da Polícia Ambiental.
A Terra Indígena Karipuna está sob a jurisdição da Funai de Ji-Paraná, RO, mas as áreas mais afetadas pelos invasores são as regiões ao sul da tribo, próximas a Porto Velho e Nova Mamoré, entre os distritos de União Bandeirantes e Nova Dimensão, onde os fiscais encontraram invasão de terras, retirada ilegal de madeira, estradas na mata e queimadas.
Todo maquinário encontrado dentro da reserva durante a operação será apreendido. Trabalham na operação 35 homens, uma força-tarefa entre a Funai, as polícias Civil, Militar Ambiental, Federal, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e Força Nacional.
A Operação Karipuna, que segue até o dia 31, é um trabalho de educação ambiental e preventivo contra uma possível invasão na Reserva Karipuna, onde moram 31 indígenas.
Para obter uma fiscalização mais efetiva e constante de todo o território indígena e seu entorno, a Funai criou o Posto Indígena de Vigilância (PIV). O PIV da tribo Karipuna já foi construído e deve ser inaugurado no mês de setembro e fica localizado ao sul da reserva, a área mais atingida pelos invasores.
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