A Agência Espacial Europeia divulgou nesta sexta-feira uma animação que mostra a evolução do desmatamento no Estado de Rondônia, de 1986 a 2010. Uma das regiões mais afetadas pelo desmatamento no país, Rondônia já teve mais da metade de sua cobertura florestal destruída.

Vista aérea de floresta amazônica devastada perto de Porto Velho, capital do Estado de Rondônia, uma das regiões mais afetadas pelo desmatamento. (©Greenpeace/Marizilda Cruppe)

O vídeo mostra que, enquanto a área central permanece verde, o desmatamento vai se alastrando pelas bordas do estado ao longo do tempo. Além disso, há também o efeito de proteção de Unidades de Conservação e Terras Indígenas. Basicamente o que restou de floresta em Rondônia está dentro dessas áreas protegidas, e mesmo assim sob forte pressão fundiária.

O fenômeno do avanço do desmatamento pelas bordas ocorre também em outras regiões amazônicas, principalmente pela abertura de estradas e projetos de infraestrutura, onde há grande escoamento de madeira retirada ilegalmente.

Na mesma proporção em que o desmatamento evolui, regride o homem. Florestas tropicais em todo o mundo estão sendo destruídas sem necessidade, a uma velocidade alarmante. Mais de um terço de todas as espécies do mundo vivem apenas na Amazônia. Ela desempenha um papel fundamental no equilíbrio do clima global, e abriga grande variedade de plantas, animais e insetos.

Ao contrário de outras formações florestais, as florestas tropicais não voltam a crescer quando são destruídas e, devido à sua composição, os solos não são adequados para agricultura a longo prazo.

Com a sua visão única do espaço, os satélites de observação da Terra têm sido fundamentais para destacar a vulnerabilidade das florestas tropicais, documentando a evolução do desmatamento, particularmente em áreas mais remotas.

Fonte: Greenpeace Brasil – http://amazonia.org.br/2012/08/evolu%c3%a7%c3%a3o-do-desmatamento-em-rond%c3%b4nia/  ou http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Blog/evoluo-do-desmatamento-em-rondnia/blog/41582/