Cerca de 20 mil espécimes estão catalogadas e registras no Herbário Amapaense (Hamab), que faz parte do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa). As pesquisas são resultados de mais de 20 anos de pesquisa da flora amapaense.

Iniciado em 1979, pelo professor e biólogo Benedito Rabelo, atualmente o espaço  fica localizado na unidade do Iepa na Fazendinha. Possui 20 mil espécimes, com coletas feitas em todos os municípios do Estado. Atualmente o material botânico da coleção é composto de 169 famílias e 1.042 gêneros, armazenando informações da região anazônica e servindo como subsídio à pesquisa agroflorestal, agroindustrial e medicinal no Estado.

De acordo com o chefe da Divisão de Botânica do Iepa, Breno Silva, as amostras ficam organizadas em excicatas – fixadas em uma cartolina prensada e em seguida seca numa estufa, acompanhadas de uma etiqueta ou rótulo contendo informações sobre o vegetal e o local de coleta -. “Através dessas coleções, podem ser obtidas informações a respeito da morfologia, sistemática, distribuição geográfica, habitat e utilidade das plantas, que são a base para a realização de qualquer trabalho na área de Botânica”.

O botânico queixa-se da falta de incentivo à pesquisa na região. “Faltam mais iniciativas do Governo Federal. Para se ter uma noção menos de 10% do investimento em ciência e tecnologia de feito no país vem para a Amazônia”, reclama Breno.

Investimentos

Alguns setores do  Herbário  este ano receberam um recurso de R$ 120 mil do governo do Amapá, além das parcerias  que trouxeram R$ 90 mil reais. “Este ano com certeza conseguiremos adiantar muito os trabalhos, além do recurso recebido e parcerias, este ano também contamos com um investimento da deputada federal Janete Capiberibe, que investiu por meio de uma emenda parlamentar R$175 mil.

Informatização

O acervo do herbário começou este ano a ser informatizado através do programa desenvolvido pelo pesquisador Denis L. Filer da Universidade de Oxford (Inglaterra).