O principal mecanismo de conservação da biodiversidade brasileira completou 12 anos. Ao longo da trajetória, o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) atingiu o total de 1.649 áreas de preservação em todo o país. O dado representa 1,5 milhão de km quadrados de terrenos protegidos, o equivalente a 17,2% do território nacional continental e 1,5% do território marítimo.
A comemoração dos 12 anos do SNUC contou com a participação do ministro interino do Meio Ambiente, Francisco Gaetani, do secretário de Biodiversidade e Florestas, Roberto Cavalcanti, e de outros dirigentes do MMA em seminário realizado, nesta quarta-feira, na sede do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Os participantes do evento ressaltaram os resultados alcançados como um marco de sucesso da implantação do sistema, estabelecido pela Lei nº 9.985, de 2000. “Raríssimos países tiveram uma iniciativa tão ambiciosa e conseguiram executar o que o Brasil executou com o SNUC”, avaliou Cavalcanti. “Será necessário, agora, levar esse conceito inovador para uma próxima etapa.”
DESAFIOS
O ministro interino do Meio Ambiente alertou que o sistema enfrenta uma série de desafios. “A lei é um grande avanço”. declarou. “Mas será preciso compatibilizar a vontade e a ciência com uma visão de longo prazo”. Gaetani afirmou que o trabalho de criação de novas unidades de conservação seja feito com cautela para evitar impasses de ordem fundiária.
Quatro linhas de ação devem ser consideradas nas iniciativas que darão continuidade à implantação do SNUC. De acordo com o ministro interino, o processo tem de contemplar a variedade de modelos de gestão das unidades de conservação, a compensação ambiental, o método de criação de novas áreas e a revisão das que já existem.
PARTICIPAÇÃO
A riqueza dos recursos naturais do país também foi lembrada no evento. A diretora de Áreas Protegidas do MMA, Ana Paula Prates, afirmou que áreas relevantes foram beneficiadas pelo SNUC. “O Brasil é considerado o principal país em termos de biodiversidade”, explicou. “As principais paisagens brasileiras estão, hoje, dentro de uma unidade de conservação”.
O aumento na quantidade de áreas de preservação depende da participação popular, na opinião do presidente do ICMBio, Roberto Vinzentin. “Temos de atingir as organizações sociais e os movimentos populares. É essencial incentivar a mobilização e o engajamento da opinião pública para que ocorra uma tomada de consciência da população”, acrescentou.
FONTE : ASCOM/MMA
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