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Um acervo de cerca de 100 mil peças arqueológicas, entre artefatos cerâmicos (urnas funerárias, vasilhas, adornos, utensílios rituais), material lítico (lâminas de machado, raspadores, lascas), sedimentos e outros materiais, foi identificado e catalogado na área do futuro reservatório e proximidades da Usina Hidrelétrica Jirau. É o resultado de dois anos e meio de trabalho em campo do Programa de Prospecção e Salvamento do Patrimônio Arqueológico, Histórico e Cultural desenvolvido desde 2009 pela Energia Sustentável do Brasil, empresa responsável pela construção e operação da Usina.

As atividades envolveram uma equipe de mais de 90 profissionais, cerca de 15 arqueólogos, 10 historiadores, 6 geógrafos, 4 antropólogos, 20 técnicos de arqueologia e mais de 40 colaboradores com diversas funções. O Programa é coordenado por Erika Marion Robrahn-González, da empresa DOCUMENTO. Graduada em História, com mestrado em Antropologia Social e Doutorado, Pós Doutorado e Livre Docência em Arqueologia (todos pela Universidade de São Paulo), Erika González tem trabalhos reconhecidos nacional e internacionalmente. Coordenou mais de 400 projetos de pesquisa em todo o território brasileiro e participa de diferentes comissões científicas incluindo a Comissão “Archaeological heritage policies and management structures on a global level”, que integra 10 países de 4 continentes.

Segundo a coordenadora do Programa, durante as pesquisas na área da UHE Jirau foram encontrados 45 sítios arqueológicos, entre ambientes com material cerâmico e com gravuras rupestres. “Cem por cento desses sítios foi pesquisado e resgatado, assim como todos da área do futuro reservatório e de influência da obra, foram prospectados, com levantamento, resgate e catalogação dos materiais”, revela Erika González.