A presidente Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu (PSD-TO), defendeu hoje (4) que os produtores que recuperarem áreas degradadas possam vender créditos de carbono. Para a senadora, os agricultores que fizerem ações par reduzir as emissões de gases de efeito estufa poderiam conseguir compensações financeiras de empresas poluidoras.
“Nós estamos atrás desses fundos de investimento, dessas grandes corporações que pretendem compensar as suas emissões com a redução das emissões dos produtores do Brasil”, disse ao apresentar o espaço de divulgação da CNA na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). Kátia Abreu acredita que esses recursos poderão ser usados para que os produtores absorvam parte dos custos relativos à recomposição florestal das áreas degradas nas propriedades.
Durante a Rio+20, que ocorre a partir da semana que vem, a CNA apresentará o conceito de área de preservação permanente (APP) mundial. Segundo a presidenta da entidade, será ressaltado que todos os países deveriam ter parâmetros para proteção das margens de rios, nascentes e encostas. “Não como uma imposição da lei brasileira, mas um conceito que é da maior importância em termos da preservação”, destacou.
De acordo com Kátia Abreu, a importância dessas áreas de preservação são reconhecidas mundialmente, mas é difícil remover as pessoas e propriedades que já ocupam essas terras. “O problema é que diante dessa constatação nós temos milhares de pessoas que habitam as margens desses rios no mundo inteiro”.
A senadora sustentou ainda que os agricultores brasileiros que forem atingidos pelas mudanças de tamanho das APPs ou pela criação de unidades de conservação sejam indenizados. Kátia Abreu admitiu, entretanto, que é difícil ter recursos para fazer todas as compensações necessárias. “Compatibilizar o direito da pessoa com a necessidade ambiental e o Tesouro Nacional não é tarefa para muitos, é difícil encontrar solução para isso”, ressaltou.
FONTE : Agência Brasil
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