Famílias atingidas, índios dos povos Munduruku e Juruna, pesquisadores e representantes de órgãos contra a construação da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, aproveitaram a realização da Rio+20, para promover um evento simultâneo, no Pará, sobre a instalação do projeto no estado: O Xingu+23. Reunidos até o próximo domingo (17), na Vila Santo Antônio, que será atingida pela construção da barragem, eles discutem a situação de Belo Monte.

O nome do evento faz referência aos 23 anos do que é considerada pelos participantes uma vitória contra a construção de barragens na Amazônia. A paralisação, em 1989, de construção de barragens na região com o 1º Encontro dos Povos Indígenas do Xingu, rio onde está sendo construída a hidrelétrica.

Durante esta quinta-feira (14), a comidade organizou ainda os festejos religiosos em homenagem ao santo padroeiro do local, Santo Antônio. No entanto, o cartaz da programação já anunciava: “O último festejo de Santo Antônio antes da barragem”, enquanto completa: “O santo das causas perdidas contra o fato consumado”.

“A gente sabe que é difícil depois que já começaram a construção, mas agente não perde a esperança e a gente sabe que a União faz a força”, diz o agricultor Francisco José, um dos moradores da Vila.

A programação do Xingu +23 continua com a realização de mesas de debates e oficinas na comunidade de Santo Antônio. No centro de Altamira, uma audiência pública foi realizada no auditório do campus da UFPA. O ator Sérgio Marone, um dos integrantes do movimento Gota D’água, participou desta audiência e ouviu depoimentos dos impactados. Para esta sexta-feira (16) a programação inclui uma caminhada pelas ruas de Altamira contra o projeto de Belo Monte.

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