Há quatro dias, cerca de 150 índios das etnias Juruna, Xikrin e Arara estão acampados em um dos canteiros de obra da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira, sudoeste do Pará. Eles reivindicam a garantia de ajuda as aldeias afetadas pela Usina.
Enquanto isso, as atividades que envolvem a construção do barramento do rio Xingu estão suspensas por tempo indeterminado. Os funcionários foram liberados do trabalho.
A preocupação dos índios é com o futuro das aldeiras que, segundo eles, sofrem com os impactos da construção da barragem. Entre as melhorias que os indígenas pedem a empresa responsável pela obra, a Norte Energia, está a regulamentação das terras indígenas, fornecimento de suprimento, construção de estradas, transporte e abastecimento de água. Essas medidas estão lista de ações que devem ser cumpridas pela empresa.
Os índios aguardam a presensa do presidente da empresa Norte Energia para discutir as reivindicações. O Consórcio de Belo Monte entrou na Justiça e pediu a reintegração de posse da área, mas teve o pedido negado. A juíza federal Priscila Pinto Azevedo entendeu que é necessária a preservação da integridade física das pessoas e que a desocupação, se ocorrer, deve ser por meio de acordo, com intervenção da Fundação Nacional do Índio (Funai) e sem a presença de força policial.
A reunião entre os índios e a empresa está marcada para a próxima quinta-feira (28), quando os pedidos dos indígenas devem ser discutidos.
FONTE G1
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