Nesta quinta-feira (28), os indígenas que ocupam um dos canteiros de obra da Usina Hidrelétrica de Belo Monte foram a sede de  Altamira (PA) se reunir com o presidente do consórcio construtor do projeto, Carlos Nascimento. A reunião durou cerca de 4h, mas não obteve avanços e os índios continuarão interditando o local. Uma novo encontro, porém, está agendado para o próximo dia 9 de julho.

O objetivo é discutir as reivindicações de cerca de 150 indígenas das etnias Juruna, Xikrin e Arara, que ocuparam os canteiros de obra que envolvem a construção do barramento do rio Xingu. As atividades neste canteiro estão paradas. Os índios querem garantia de ajuda as aldeias afetadas pela Usina.

Ao chegar ao município, ainda no aeroporto, Carlos Nascimento garantiu que as medidas condicionantes para a obra, principal reinvindicação dos indígenas, serão cumpridas. “Até o dia 2 do próximo mês devemos ter todas as devidas autorizações para executar um programa que vai eliminar todas as questões que, no momento, estamos vivenciando”, explicou.

Entre as melhorias que os indígenas pedem a empresa responsável pela obra, a Norte Energia, está a regulamentação das terras indígenas, fornecimento de suprimento, construção de estradas, transporte e abastecimento de água. Essas medidas estão na lista de ações que devem ser cumpridas pela empresa.

“Nossa preocupação é o rio. O peixe acabar e a caça. E onde que fica a alimentação dos nossos netos, dos nossos meninos?”, questiona o cacique Depkamati Xikrin.

Entenda o caso
Cerca de 150 índios das etnias Juruna, Xikrin e Arara estão acampados desde a última quinta-feira (21), em um dos canteiros de obra da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira, sudoeste do Pará.

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