Uma nova modalidade de desmatamento da Floresta Amazônica foi identificada, na sexta-feira (15), por fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e policiais do Batalhão Ambiental da PMAM. A ação foi descoberta durante a Operação Soberania, realizada no Sul do Amazonas.
De acordo com o Batalhão Ambiental, os madeireiros fazem cortes parciais, de cerca de dois terços, nos troncos das árvores com motoserras. Com a ação dos ventos, as árvores acabam caindo e os desmatadores pegam a madeira.
“Este novo modo operante dos criminosos dificulta o flagrante e a fiscalização, pois a floresta aparenta estar intacta, mas todas as árvores maiores já estão mortas. Além disso, coloca em risco a vida dos agentes da fiscalização, porque as árvores caem repentinamente. Por pouco uma equipe nossa não foi atingida”, relatou o tenente Bruno Pereira, do Batalhão Ambiental.
O trabalho de identificação do desmatamento conta com imagens de satélites atuais, que mostram a evolução da devastação nos imóveis rurais. “O desmatamento ocorre em quatro fases: na primeira a floresta é desmatada, na segunda é colocado fogo na vegetação morta, na terceira é plantado pasto, e na quarta coloca-se gado na área”, explicou o oficial.
Durante a ação realizada na sexta-feira (15), um pecuarista, proprietário de uma área florestal degradada, foi multado em quase R$5 milhões e teve as atividades da propriedade embargadas pelo Ibama.
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