5 de junho de 2012 é Dia Mundial do Meio Ambiente e também dia de participar da Pororoca da Biodiversidade Amazônica no Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi: uma mostra diversificada de projetos, métodos e ferramentas de pesquisa sobre a diversidade biológica da Amazônia e sua relação com as culturais regionais. O evento é promovido pelo Prêmio José Márcio Ayres (PJMA), Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) e Escola da Biodiversidade Amazônica (EBio/INCT Biodiversidade e Uso da Terra na Amazônia). O evento também faz parte das atrações da nova exposição – O Museu Que Voce Não Conhece – na Rocinha do Goeldi, aberta a visitação pública a partir do dia 1 de junho de 2012.
Em tupi “pororóka” significa “estrondo”. Na Amazônia, a palavra designa as grandes ondas dos rios amazônicos, que conseguem levar tudo o que há pela frente. Na Pororoca da Biodiversidade Amazônica o conhecimento é o que inicia uma grande onda de reflexões e percepção crítica da nossa região. Neste ano, o tema “Conhecendo os bastidores da ciência” convida os visitantes a entrar em contato não apenas com a ciência, mas com aqueles que a produzem.
Atividades – Ao lado do Castelinho, vinte stands reunirão pesquisas desenvolvidas pelo Museu Goeldi (Zoologia, Botânica, Ciências Humanas e Ciências da Terra e Ecologia), pelas equipes de educação do Museu Goeldi e da Universidade do Estado do Pará, além de trabalhos vencedores de edições passadas do PJMA. Amanda Monte (3º lugar do Ensino Fundamental/2ª edição do Prêmio) apresenta “Aquarela Amazônica: estudo das interações comportamentais das aves aquáticas do Parque Zoobotânico”; Marcos Cruz (2º lugar do Ensino Médio/2ª edição) fala sobre o trabalho “Observação do comportamento, sobretudo adaptativo, da coruja suindara (Tyto Alba) em áreas urbanas de Belém-PA”; Mariana Galuppo (1º lugar do Ensino Fundamental/4ª edição) apresenta “Diversidade de espécies arbóreas amazônicas na Praça Batista Campos”; e Wescley Pereira (2º lugar do Ensino Médio/4ª edição) traz o estudo “Atributos dermatológicos do muco da lesma aplicado em seres humanos”. Alguns destes jovens naturalistas foram protagonistas da websérie Naturalistas do Século XXI, onde contaram o processo de pesquisa e a experiência de ter participado do Prêmio.
A Trilha de Observação de Insetos, promovida pelo Núcleo de Visitas Orientadas do Parque Zoobotânico (NUVOP/MPEG), terá como objetivo despertar nos visitantes a percepção sobre os insetos. Serão 10 pontos de interpretação no Parque com monitores destacando a presença de abelhas, cigarras, borboletas, formigas, cupins, moscas e insetos aquáticos. A equipe técnica da Entomologia do Museu Goeldi fará parte desta atividade, mostrando insetos e armadilhas utilizadas para coleta em campo. Esta atividade continuará durante o mês de junho, todas as terças e quintas-feiras (com exceção do dia 07/06).
Também será realizada a Oficina de Ciência, pelo Laboratório de Ecologia de Insetos (MPEG). Com atividades lúdicas e educativas, a oficina tem como objetivo trabalhar conceitos básicos, como biodiversidade e evolução, de forma introdutória para crianças e jovens.
Para participar da Trilha de Observação de Insetos e da Oficina de Ciência, é necessária inscrição prévia pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone 3182-3219. Ainda haverá Mostra de Vídeos, com algumas sessões comentadas.
Lançamento de episódios – Durante a Mostra de Vídeos, serão lançados os três últimos episódios da websérie “Naturalistas do Século XXI”. Em “Fruto nosso de cada dia – o açaí em Igarapé-Miri”, Denner Ferreira conta como realizou o trabalho que conquistou o 3º lugar do Ensino Fundamental na 4ª edição do PJMA. O assunto de Denner é o consumo de açaí em uma comunidade do município de Igarapé-Miri (PA). “Três etapas de uma busca – o perfil do jovem naturalista” é um websode interativo dividido em três partes, cada uma referente a um trabalho de Wescley Pereira. O jovem cientista participou e venceu três edições do PJMA. A websérie encerra com “Entendendo o invasor – os cupins do Acará”, o estudo de Raimundo Oliveira sobre os danos causados pelos cupins em residências do seu município, o Acará (PA), que lhe rendou o 1º lugar do Ensino Fundamental na 1ª edição do PJMA e uma mobilização pela educação no Acará que envolveu a Secretaria Municipal de Educação, as escolas, pesquisadores do Museu Goeldi e a organização do Prêmio.
A série, produzida pelo Móvel – Laboratório Multimídia de Comunicação Pública da Ciência do Museu Goeldi, é dividida em 9 episódios, que resgatam a trajetória de vencedores do Prêmio Márcio Ayres. Você pode conferir todos os episódios na página do Museu Goeldi no Youtube.
PJMA – Criado em 2003, em uma parceria entre o Museu Goeldi e a Conservação Internacional do Brasil, o Prêmio Márcio Ayres realiza sua quinta edição com o apoio do projeto Escola da Biodiversidade Amazônica – Ebio, subprojeto do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Biodiversidade e Uso da Terra na Amazônia. O Prêmio incentiva estudantes de ensino fundamental e médio a inscreverem trabalhos científicos sobre o tema biodiversidade, com o objetivo de ampliar a divulgação e a discussão deste assunto nas escolas da rede pública e privada. As inscrições vão até 20/08/12. Mais informações no site do Prêmio e pelo e-mail [email protected].
FONTE : Agência Museu Goeldi
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